Manuela critica redução da economia: “marca desse governo nefasto”

A pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela d’Ávila destacou, em suas redes sociais, a enorme queda na economia brasileira divulgada na tarde desta segunda-feira (16) pelo Banco Central (BC). A queda em maio foi 3,34% na comparação com abril. Esse índice é o maior registro de queda apontado nos últimos 15 anos, desde que o BC começou a medir há 15 anos.

Manuela - Foto: Karla Boughoff

Segundo Manuela, o recorde absoluto de queda é mais uma marca do "governo nefasto" e das medidas ultraliberais que Temer representa desde do golpe que o colocou à frente da Presidência do país, criticou. 

Logo após sair o resultado da atividade econômica, os principais jornais brasileiros responsabilizaram o desastre do quadro econômico brasileiro apenas à greve dos caminhoneiros, ocorrida no mês passado.

A pré-candidata comentou sobre o assunto: “Apesar do evidente impacto da greve dos caminhoneiros, trata-se, na verdade, de um processo mais estrutural, fruto das políticas ultraliberais de Temer”.

A queda superou até o auge da crise financeira mundial que chegou ao ápice em dezembro de 2008, quando a atividade despencou para 3,08%.

Manuela enfatizou ainda que a agenda neoliberal do governo Temer que realizou grandes cortes nem conseguiu atrair investimentos e nem melhorar a vida do povo e deprime ainda mais a economia do país. “Essa política nem melhora as contas públicas, que vão ladeira abaixo, nem e capaz de transformar o país em um ambiente atraente para investimentos, como pregam os seus aplicadores. Pior do que isso, os cortes de investimentos permanentes e a diminuição da massa salarial tem contribuído para deprimir mais e mais e economia que está em um poço que parece não ter fundo”.

Em um ano eleitoral, a pré-candidata chama atenção para os vários candidatos que representam as mesmas medidas econômicas de Temer e também lamenta que a população mais carente sofra ainda mais, caso continue o mesmo quadro econômico. “Mantida essa política nas eleições que se aproximam – e são vários os candidatos que afirmam que vão mantê-la – a pobreza, que já atinge 52 milhões de brasileiros, só vai aumentar assim como o desalento geral que toma conta do país”, aponta.

Considerado uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) que é apontado pelo IBGE, o IBC-Br é utilizado pelo Banco Central como parâmetro para avaliar o ritmo de crescimento da economia brasileira ao longo dos meses. O BC considera o desempenho da agropecuária, indústria de transformação, extrativa, da construção civil e produção e distribuição de eletricidade, gás e água, esgoto e limpeza urbana.

Recordes de queda na economia

Diferentemente do disfarce da imprensa brasileira que não aponta responsabilidade do governo federal, Temer vem colecionando recordes de queda na economia do país. Segundo dados do IBGE, a produção industrial caiu 10,9% e o setor de serviços recuou 3,8% em maio, na comparação com abril. Foi o resultado negativo mais intenso da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Outro recorde conquistado pelas políticas neoliberais do governo Temer foi o desemprego da população brasileira, que chegou a 14,2 milhões de pessoas, segundo o IBGE. O total de desempregados é o maior desde o início da série histórica, em 2012.