Olívia Santana e Márcia Tiburi debatem sobre mulheres na política

“Não há um ‘jeito mulher’ de fazer política já constituído. Precisamos falar e discutir sobre isso”, iniciou Olívia, que é pré-candidata a deputada estadual pelo PCdoB. Para ela é preciso massa crítica e movimento efetivo, já que em sua opinião, é sim possível ganhar eleição com voto de opinião.

Olívia também ressaltou que a representação de mulheres negras não pode ser tida como uma luta meramente identitária, mas como uma forma de representar todas as mulheres nos espaços de poder, sobretudo, na política que é dominada desde sempre pelos homens.

A pré-candidata do PCdoB descatou ainda a imprtância de que a eleição seja uma oportunidade de mobilização das mulheres contra o golpe e pelo resgate da democracia, além do objetivo claro de eleger mais mulheres e parlamentares de esquerda no Brasil. Olívia lembrou do papel destacado da pré-candidata do PCdoB à presidenta da República, Manuela d'Ávila, que tem levado a voz das mulheres para a política nacional.

Marcia Tiburi, explicou seu ponto de vista sobre a necessidade de abertura para as mulheres na política, afirmando que os homens reservam para si o poder e que o machismo é um sistema de privilégios que garante a opressão para continuar sendo mantido.

Marcia, que é pré-candidata à governadora do Rio de Janeiro pelo PT, também tratou de um ponto a ser combatido no ambiente político: o ódio. Manifestação direcionada às candidatas, primeiramente por serem mulheres, segundo, por serem feministas, e por fim, por serem pré-candidatas. Ainda sobre sua decisão de concorrer como governadora, ela explicou que é preciso combater nossos medos e ir além do que já fazemos: “Quero uma experiência de vida que transcenda o individualismo”.

Sobre o encontro em Salvador, Marcia afirmou sobre o prazer de estar em um debate ao lado de Olívia, que se debruça nesse grande desafio, sobretudo, em uma sociedade cada vez mais acovardada: “Você se dispor a uma candidatura é algo muito importante, Olívia. Precisamos de pessoas que defendam a causa do povo e de uma sociedade mais justa, e que amplie as nossas vozes”.