Prefeito de Aperibé (RJ) é afastado

O prefeito de Aperibé, Paulo Fernando Dias (PMDB), conhecido como Foguetinho, investigado pelo Ministério Público desde 2006 por suspeita de improbidade administrativa, foi afastado do cargo no dia 27 por decisão judicial.

No dia 28, a vice-prefeita, Ivete Campos Gregório Rodrigues, assumiu o lugar do prefeito. A solenidade de posse foi pela manhã na Câmara de Vereadores do município. Ela foi empossada às 10h pelo presidente da Casa, Ernesto Abreu Vieira, do PSB.



O afastamento foi determinado pelo juiz Gustavo Henrique Nascimento Silva, da 2ª Vara de Santo Antônio de Pádua, a pedido do promotor de justiça Sérgio Luís Lopes Pereira, sob o argumento de que a permanência de Paulo Fernando Dias poderia causar danos irreparáveis ao município.



“A nossa expectativa é a de que ela passe a tomar conta do município da forma correta. O povo daqui é muito sofrido. Estamos apavorados com essa situação do prefeito”, afirmou o vereador Lutero Rodrigues, do PCdoB.



O prefeito afastado deverá ser intimado oficialmente pelo Ministério Público. A partir da deflagração da operação Uniforme Fantasma, em 24 de janeiro, Foguetinho passou a ser investigado por recebimento de propina de R$ 50 mil a R$ 100 mil. O dinheiro seria pago por acusados de fraudar licitações, contratar ONGs — que prestavam serviços fictícios — e compras fraudulentas de uniformes. Seis prefeituras são alvos da investigação que resultou na denúncia de 33 acusados. O desvio de verba ultrapassaria R$ 100 milhões.



Câmara não abre CPI



Como o prefeito conta com o apoio de quatro dos nove vereadores da cidade, a possibilidade de ser aberta uma CPI para investigar a gestão de Foguetinho está descartada. “Não temos dois terços das assinaturas necessárias”, lamentou o vereador Lutero Rodrigues. Mesmo antes da Uniforme Fantasma, Foguetinho já era investigado pela Promotoria de Tutela Coletiva da região. Desde de maio do ano passado, Foguetinho está com os bens bloqueados pela Justiça.



Com informações do jornal O Dia