Países com mais mulheres no governo têm menos corrupção, diz estudo

Em estudo que analisou mais de 125 países, incluindo o Brasil, apontou que a corrupção é menor onde mais mulheres participam do governo. O estudo concluiu que é na formulação de novas políticas que as mulheres podem ter um impacto sobre a corrupção.

Senadora australiana Larissa Waters - AAP/Mick Tsikas/via REUTERS

Um estudo publicado no "Journal of Economic Behavior & Organization" pelos pesquisadores Chandan Cuma Jha e Sudipta Sarangi, do departamento de Economia da Universidade Virginia Tech Universidade nos Estados Unidos, apontou que a corrupção é menor onde mulheres participam em maior número no governo. A análise foi feita em mais de 150 países, entre eles o Brasil.

"Esta pesquisa ressalta a importância do empoderamento das mulheres, sua presença em cargos de liderança e sua representação no governo", disse Sarangi, professor de economia e chefe de departamento da Virginia Tech, nos EUA.

"Isso é especialmente importante porque as mulheres continuam sub-representadas na política. Na maioria dos países"

O artigo refuta ainda a hipótese de que as diferenças de gênero observadas na atitude em relação à corrupção são inteiramente devidas a diferenças de gênero no status social, e desaparecerão com o tempo quando as mulheres adquirirem status socioeconômico mais igualitário.

Quanto maior a igualdade de status dos países em que há mais mulheres no governo, menor é o nível de corrupção.

Mundo

As nações que apresentam maior percentual de mulheres no Parlamento são Ruanda (63,8%), Bolívia (53,1%), Cuba (48,9%), Islândia (47,6), Suécia (43,6%), Senegal (42,7%), México (42,4%), África do Sul (41,8%), Equador (41,6%) e Finlândia (41,5%).