Frente Brasil Popular aponta mobilizações para julho e agosto

Roberto Baggio, coordenador do MST no Paraná e membro da Frente Brasil Popular, em entrevista no programa Democracia em Rede, indica as lutas dos meses de julho e agosto, apontando pressão sobre o Judiciário pelo direito à liberdade de Lula e registro da candidatura do ex-presidente. Baggio falou também sobre o Congresso do Povo.

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Para o dirigente, este é um momento de volta às construções e trabalhos de base para que se tracem perspectivas de futuro no sentido de retomada da democracia. Para que isso aconteça, a democracia deve ser entendida com um direito do cidadão e a construção dessa concepção está, para Bagio, ligada à capacidade de mobilização da militância.

“O projeto de conquistar a democracia como direito, como uma referência de diálogo em sociedade, de construir um futuro, depende muito mais da nossa capacidade de mobilização, de pressão e de luta", colocou.

Nesse sentido, Baggio explica que durante os meses de julho e agosto estão programadas mobilizações populares nacionais em Brasília para aumentar a pressão aos órgãos públicos. Além da jornada de lutas programada para esses meses, está planejada a entrega de um abaixo-assinado ao Supremo Tribunal Federal pedindo a liberdade de Lula.

“A ideia é que, no mês de julho e agosto, vá ter uma concentração de mobilização popular ao redor de Brasília e do Supremo, culminando no dia 15 [de agosto] no registro da candidatura e no dia 16 [de agosto] com uma grande conferência nacional do Congresso do Povo, no sentido de definir quais seriam as tarefas do próximo período”, declara Baggio.

Para ele, esta é uma das tarefas mais importantes, pois se trata de traçar perspectivas via mobilizações de base para a retomada da democracia.

Para Bagio, nesta conjuntura de embate entre burguesia e democracia, o próximo pleito será o mais politizado da história do país. “Ficou bem mais fácil mobilizar esse Brasil. A burguesia não tem projeto, não tem o que explicar para a população. Por outro lado, existe uma realidade concreta de desemprego. Este vai ser o grande embate que nós vamos colocar.”, declara.

Para ele, o centro deste debate é a soberania nacional. Por isso, outra das principais pautas envolvidas nestas próximas mobilizações é a defesa da Eletrobras e da Petrobras, importantes empresas na construção de soberania do país. “Vai ser um debate polarizado”, completa.