López Obrador anuncia gabinete com equilíbrio de gênero

O novo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, apesar das contradições que terá pela frente, representa um avanço político significativo em muitos aspectos. Além de ser o primeiro progressista a romper com o revezamento da direita no poder dos últimos 90 anos, já declarou em seu primeiro discurso que vai priorizar “os mais humildes” em seu projeto de governo. Agora, ao anunciar os ministérios e secretarias, apresentou um gabinete com equilíbrio de gênero.

Gabinete ministerial de López Obrador - Divulgação

O gabinete paritário foi uma das promessas de campanha de AMLO e a primeira que ele já deixa claro que vai cumprir, depois de garantir em seu discurso de estreia que “não vai falhar” com o povo mexicano.

Serão oito mulheres em oito secretarias: Olga Sánches na Secretaria de Governo, María Luíza Albores em Desenvolvimento Social, Josefa González Blanco Ortíz Mena em Meio Ambiente, Rocío Nahle em Energia, Graciela Màrquez Colín em Economia, Irma Eréndira Sandoval em Função Pública, Luisa Maria Alcada em Trabalho e Previsão Social e Alejandra Frausto Guerrero em Cultura.

Prefeita de cidade do México

O partido de López Obrador, Movimento de Regeneração Nacional (Morena) também saiu vitorioso na disputa pelo segundo cargo mais importante do país, o governo do Distrito Federal. A nova chefe de Governo da Cidade do México é a cientista e especialista em mudanças climáticas Claudia Sheinbaum Pardo, que venceu a disputa com cerca de 47% dos votos.


Claudia é a primeira mulher a administrar a Cidade do México, maior cidade da América Latina, o cargo já foi ocupado por López Obrador entre 2000 e 2005

Claudia Sheinbaum é a primeira mulher eleita para administrar a Cidade do México e terá o desafio de resolver problemas complexos, como a falta de abastecimento de água, o aumento da violência, o desemprego e a pobreza.

No Congresso Nacional a correlação de forças, até o momento, também favorece ao Morena, que conta com 41% das vagas da Assembleia dos Deputados Federais. O PAN, a maior força política da oposição, está com 18%. O PRI tem 16%. No entanto, o percentual de votos apurados é de 60%, portanto a correlação de forças ainda não está definida.