“90 vezes Che” marca comemorações em homenagem ao líder revolucionário

Esta quinta-feira (14) marca o aniversário de 90 anos do revolucionário argentino Che Guevara e diversos países do mundo realizaram atividades para homenageá-lo. Sob o lema “90 vezes Che”, atos políticos foram realizados principalmente na Argentina, especificamente na cidade natal do líder político, Rosário.

Che Guevara - Divulgação

O principal ato político acontece nesta quarta com a presença do ex-presidente e atual senador do Uruguai, José Pepe Mujica, e do embaixador de Cuba na Argentina, Orestes Pérez Pérez.
Já no domingo, acontece um ato de massas com atividades políticas e culturais com representantes do Brasil, Venezuela e Bolívia.

Além da Argentina, Cuba também realiza muitos festejos em homenagem ao líder revolucionários que comandou a revolução cubana ao lado de Fidel Castro. Na ilha, irá estrear um filme sobre o comandante da revolução.

O legado do revolucionário

Médico, jornalista, político, amante da literatura e da fotografia e líder da revolução, este foi Ernesto “Che” Guevara de La Serna, nascido na Argentina que se converteu em dirigente cubano por entender que não pertencia a um país e sim a um continente. Sempre que era questionado sobre seu país de origem, costumava dizer “sou argentino também”.

Che acreditava na força revolucionaria da juventude e por isso sempre demonstrou muita preocupação com o sistema público de educação, o qual ele entendia que deveria funcionar com uma ferramenta capaz de despertar a consciência cidadã dos jovens.

O dirigente acreditava que deve-se dedicar muito aos estudos na juventude, quando há disposição e “as vistas ainda não estão cansadas” porque em idade mais avançada perde-se o “entusiasmo juvenil”, porém, ganha-se com a capacidade de olhar as situações com mais serenidade.

Assim, Che defendeu uma “forma de educação cujo trabalho sai da categoria de obsessão que tem o mundo capitalista e passa a ser um dever social gratificante que se realiza com alegria, em meio à camaradagem mais fraternal”.

Isso porque, Che não via o trabalho como uma tarefa pela qual se entrega a força para receber apenas dinheiro em troca e sim como uma ferramenta criadora para desenvolver “o avanço social dia a dia”.