Vazamento de óleo na BA expõe desastre da atual política da Petrobras

O vazamento de óleo cru com água produzida, proveniente da estação coletora de Pedra Branca da Petrobras, na UO-BA, no sábado, 09/06, causou danos ambientais ao atingir o rio São Paulo, o manguezal e a fauna, localizados no município de Candeias.

vazamento de oleo cru em Candeias na Bahia. junho de 2018 - Sindipetro Bahia

A denúncia foi feita por pescadores e marisqueiras da região que detectaram a chegada do óleo ao rio e manguezal. De acordo com matéria publicada no jornal A Tarde (11/06), eles temem que a maré leve o óleo para outros locais como a Ilha de Maré, afetando também as comunidades de Madre de Deus e Candeias.

Os diretores do Sindipetro Bahia Gilson Sampaio, Jairo Batista e João Marcos foram ao local do vazamento. Eles culpam a atual gestão da Petrobras pelo acidente ambiental.

A área onde aconteceu o acidente funcionava em regime de turno ininterrupto (24 horas) com operadores próprios. Após o desligamento em massa desses trabalhadores, a unidade passou a ser operada por empresas terceirizadas em regime de sobreaviso de 12 horas. Com isso, houve a redução e precarização da mão de obra e problemas na manutenção dos dutos.

“O trabalhador próprio da Petrobras é treinado, tem qualificação para atuar em áreas como essas, por isso, uma atividade fim não deve ser terceirizada”, denunciam os diretores do sindicato, que acreditam ainda que a redução do efetivo mínimo também tem contribuído para os acidentes e incidentes, que se intensificaram em várias unidades da Petrobras.

A diretoria do Sindipetro Bahia vai continuar acompanhando o desenrolar dos acontecimentos e o trabalho de contenção do óleo já iniciado pelos técnicos da Petrobras, através do CDA (Centro de Defesa Ambiental).

O sindicato já está agendando reunião com o gerente da OP-CAN para pedir esclarecimentos e tratar sobre a situação.