Henrique Teixeira: Vender o pré-sal é alienar o nosso futuro

As trabalhadoras e trabalhadores do setor elétrico repudiam com veemência a continuidade da política neoliberal implementada na Petrobras pelo ex-presidente Pedro Parente, que se viu obrigado a pedir exoneração do cargo devido ao caos criado no Brasil com aumentos abusivos, quase que diários, nos combustíveis.

Por Henrique Teixeira

Entrega do pré-sal - Latuff 2015/Fisenge

É importante ressaltar que a continuidade dessa política atende exclusivamente aos interesses de acionistas minoritários, que são investidores internacionais preocupados apenas com o próprio lucro. No entanto, a Petrobras, uma das maiores empresas de energia do mundo, é a maior riqueza do povo brasileiro e como tal deveria estar a serviço da população, com preços justos nos combustíveis e no gás de cozinha.

O novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, além de defender essa política de preços internacionais para a venda de combustíveis no Brasil, como se os brasileiros recebessem salários em dólar ou em euro, ainda manteve leilão do pré-sal para esta quinta-feira (7). Essa medida extremamente nociva ao País representa a continuidade de uma política que levará o País a uma tragédia anunciada.

Vender o pré-sal significa entregar de bandeja, para um pequeno grupo de empresários, o passaporte do Brasil para o futuro. O pré-sal é a nossa maior riqueza, que deveria estar a serviço de políticas públicas na saúde e educação, como foi definido anteriormente, mas alterado por Michel Temer e seus aliados, após assumir a Presidência da República no golpe político-midiático-judicial.

O Brasil não pode andar para trás, ainda mais diante de uma das maiores crises econômicas do mundo. Quem sofre com isso somos nós, trabalhadoras e trabalhadores, que percebemos mês a mês a nossa remuneração definhar sistematicamente.

Não a essa política de empobrecimento da população, não a privatização da Petrobras!