PCdoB: 7º Encontro Sindical Nacional debate alternativas pós-golpe

O golpe que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff em 2016 penalizou a classe trabalhadora brasileira atingida pela reforma trabalhista, terceirização irrestrita e ataque ao movimento sindical. Neste cenário de retirada de direitos e crise econômica e política imposto pelo governo de Michel Temer o PCdoB realiza, a partir desta quinta-feira (31), o 7º Encontro Nacional de Sindicalistas do partido. Fortalecer o protagonismo do trabalhador é ponto central.

Nivaldo Santana

A previsão da organização do encontro, que acontece em São Paulo até a sexta-feira (1), é reunir aproximadamente 200 participantes, incluindo lideranças e secretários sindicais do partido. O encontro debaterá conjuntura pós-golpe e tarefas dos comunistas no movimento sindical e estruturação do Partido entre os trabalhadores, informou ao Portal Vermelho Nivaldo Santana, secretário sindical nacional do PCdoB.

O dirigente faz a intervenção inicial do encontro abordando o contexto sindical. No mesmo dia, o presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo faz palestra sobre a situação política do país. Na sexta-feira (1), a partir das 9h, a dirigente Raimunda Gomes explana sobre a estruturação do Partido entre os trabalhadores e em seguida haverá a intervenção de Ricardo Alemão Abreu sobre Política de Organização do PCdoB.

Ainda na sexta, Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) fala sobre “Sustentação do projeto estratégico da central” e Gilda Almeida intervêm sobre o fortalecimento do Centro de Estudos Sindicais. Às 16h, a pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela D´Ávila participa do ato político do encontro.

Alternativa ao Brasil pós-golpe

“A luta do movimento sindical classista é para que a gente consiga reverter o golpe que tomou de assalto o país. Enfrentar a falência da política econômica e social e esse conjunto de medidas como a reforma trabalhista reacionária, a reforma sindical, a terceirização irrestrita. É importante revogar essas medidas e adotar um novo projeto nacional de desenvolvimento com democracia, soberania e valorização do trabalho”, declarou Nivaldo.

Segundo o dirigente, o encontro servirá para atualizar a tática do partido para enfrentar a conjuntura e preparar os trabalhadores para as eleições de outubro. “As eleições de outubro podem reunir condições para uma viragem política do nosso país se nós conseguirmos formar um programa unitário, uma convergência programática, uma convergência política do campo de centro esquerda das forças democráticas, populares e patrióticas. Nós podemos reunir força suficiente para inaugurar uma era diferente dessa do brasil pós-golpe”, enfatizou Nivaldo.

De acordo com ele, é fundamental fortalecer a organização do PCdoB nos locais de trabalho e a unidade sindical com segmentos do movimento popular e social. “Para que os trabalhadores tenham protagonismo para enfrentar as mazelas do governo golpista é preciso que tenham clareza política. Ter um programa definido e precisa jogar um papel bastante forte na conjuntura. Lutamos por um movimento sindical politizado, organizado e sabendo dar sua cota para tirar o Brasil do atoleiro”.