Paralisação continua: governo e caminhoneiros não fecham acordo

A reunião entre governo e representantes de onze categorias de caminhoneiros, realizada na tarde desta quinta-feira (24), encerrou sem acordo. O representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, negou o acordo proposto pelo governo de suspender a paralisação por um período entre 15 dias a um mês enquanto o governo continua trabalhando para resolver o problema da redução do preço do diesel.

José da Fonseca Lopes - Agência Brasil

A Abcam representa 700 mil caminhoneiros, com 600 sindicatos espalhados pelo Brasil. Lopes se recusou a continuar a negociação e deixou o local antes do fim da reunião, mas disse que outros líderes da categoria se mostraram receptivos à proposta do governo.

“Todo mundo acatou a posição que pediram, mas eu não. Eu coloquei que respeito o que meus colegas pediram e estão sendo atendidos, que acho ser coisa secundária, e disse que vim resolver o problema do PIS, do Cofins e da Cide, que tá embutido no preço do combustível”, disse Lopes. Ele disse ainda que não fala em suspender a paralisação enquanto o Senado não aprovar a isenção do PIS/Cofins, projeto aprovado ontem pela Câmara.

Junto com Lopes estava o representante dos motoristas individuais do Centro-Oeste, Wallace Landim, que também disse que sua categoria tem uma posição similar à do representante da Abcam.