Venezuela rechaça sanções impostas pelos EUA após reeleição de Maduro

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, rechaçou nesta segunda-feira (22) as novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra o país. Washington anunciou os bloqueios após a confirmação da reeleição do presidente Nicolás Maduro.

Jorge Arreaza - AVN

“O povo venezuelano mostrou ontem que não só seu braço está firme, mas também que está com grande musculatura pra fortalecer sua democracia, sua independência, sua soberania e que não há nenhum tipo de medida restritiva, de medida coercitiva, unilateral, nenhum tipo de pressão – nem sequer de outras potências – deste comandante-em-chefe que ameaça com uso da força tendo o exército mais poderoso. Não há maneira de intimidar o povo bolivariano, o povo venezuelano”, disse.
Arreaza criticou o fato de que a administração norte-americana não permita a liquidação de ativos no país, com o fim de prejudicar a Venezuela.

“Não há medida unilateral, nenhum tipo de pressão desta potência que intimide o povo venezuelano. Vamos seguir com nossos amigos do mundo para seguir abrindo caminhos para a liberdade”, disse o chanceler.

Sanções

Nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto executivo em que proíbe indivíduos ou entidades agindo nos Estados Unidos de comprar dívidas do governo venezuelano, assim como bens dados em garantia de empréstimos.

O anúncio veio um dia depois da reeleição de Maduro com mais de 6 milhões de votos, quase 68% do total.

Segundo o decreto, ficam proibidas todas as transações que envolverem compra de dívida do governo da Venezuela, inclusive financiamento para essas compras. Além disso, o texto proíbe a venda de direitos de participação em entidades em que o governo da Venezuela tenha mais de 50% de participação.