Reeleição de Maduro repercute na América Latina e no mundo

Líderes mundiais e organizações da sociedade civil de vários países felicitaram os venezuelanos nesta segunda-feira (21) pelas eleições presidenciais realizadas no país neste domingo e expressaram cumprimentos ao candidato vencedor, o presidente Nicolás Maduro. Houve, por outro lado, nações que decidiram não reconhecer os resultados.

Nicolás Maduro e Díaz-Canel - Divulgação

Em carta aberta dirigida a Maduro, o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, manifestou suas "mais fraternas felicitações por sua contundente vitória nas eleições presidenciais”. O cubano também escreveu que “o povo bolivariano e chavista demonstrou mais uma vez sua determinação de defender o legado de Chávez que tão dignamente representa”.

Ainda de Cuba, o ex-presidente do país Raúl Castro também se dirigiu ao vencedor do pleito venezuelano, afirmando que, "com orgulho revolucionário, te envio em nome do Partido Comunista de Cuba e em meu próprio as mais calorosas felicitações por sua transcendental vitória eleitoral".

O ex-chefe cubano se referiu “ao valoroso povo venezuelano, que deu novamente mostras de lealdade e compromisso com a revolução bolivariana e chavista”.

El Salvador

Salvador Sánchez, presidente de El Salvador, também expressou sua solidariedade com Nicolás Maduro e cumprimentou “os cidadãos da República Bolivariana da Venezuela pela jornada eleitoral democrática”.

Em sua conta no Twitter, o mandatário ainda afirmou que “estas eleições são um passo fundamental em seu avanço democrático, por isso reconhecemos plenamente esse resultado”.
As organizações Coordenadoria Panamenha de Solidariedade com a República Bolivariana da Venezuela e o Comitê Dominicano de Solidariedade com a Revolução Bolivariana da Venezuela manifestaram seu apoio aos resultados e a Nadyri.

Grupo de Lima

Em nota divulgada nesta segunda-feira (21) pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Grupo de Lima, formado por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, afirmou não reconhecer as eleições presidenciais venezuelanas.

Segundo o comunicado, os países “não reconhecem a legitimidade do processo eleitoral que teve lugar na República Bolivariana da Venezuela, concluído em 20 de maio passado, por não estar em conformidade com os padrões internacionais de um processo democrático, livre, justo e transparente”.

Além disso, o grupo promete “reduzir o nível de suas relações diplomáticas com a Venezuela, razão pela qual chamarão para consultas os embaixadores em Caracas e convocarão os embaixadores da Venezuela para expressar nosso protesto”.

EUA

No domingo, antes mesmo do resultado das eleições, o subsecretário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, John Sullivan, afirmou que Washington não iria reconhecer o pleito venezuelano.

Desde 2015, os EUA consideram a Venezuela como uma “ameaça para a segurança nacional” e já aplicaram diversas sanções que afetaram profundamente a economia venezuelana. Em agosto de 2017, o presidente norte-americano Donald Trump chegou a falar sobre uma intervenção militar contra a Venezuela.

Vale ressaltar que o processo eleitoral da Venezuela é considerado um dos mais transparentes e seguros do mundo e estas eleições contaram com mais de 200 observadores internacionais. Para votar, o cidadão venezuelano precisa registrar sua digital, para então partir para a urna eletrônica que emite um canhoto impresso e este é depositado numa urna, ou seja, são três métodos de segurança.