Equador e Bolívia defendem eleições democráticas na Venezuela

Mesmo sob um cerco político que se fecha a cada dia, neste domingo (20), a Venezuela vai realizar suas eleições presidenciais. Desde que anunciou o processo, a oposição – apoiada pelos Estados Unidos – esperneia e tenta boicotar o governo de Maduro, ainda assim, a revolução segue a passos firmes rumo à 21ª eleição nos últimos 20 anos.

Álvaro García Linera - Efe

Em meio a este cerco que se fecha também na América Latina onde diversos países, hoje governados pela direita – se unem para desestabilizar o governo de Maduro, o Equador e a Bolívia se posicionam em defesa do processo democrático e da soberania do povo venezuelano.

O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, destacou que a Venezuela é a última trincheira que barra as intervenções dos Estados Unidos na América Latina. “A única coisa que detém os Estados Unidos de atropelar qualquer ideia de democracia, igualdade e bem-estar da gente humilde no continente latino-americano é o freio da Venezuela”, disse.

“Hoje o destino da América Latina progressista, popular, vai se definir a partir do que acontecer nos próximos dias, semanas, meses na Venezuela. Calhou de ser a Venezuela, outra vez, a responsável pelo destino do continente”, afirmou o vice-presidente sobre as eleições presidenciais no país vizinho neste domingo (20).

Já ministra das Relações Exteriores do Equador, Maria Fernanda Espinosa, defendeu o princípio “da não ingerência nos assuntos de outros países”. Segundo ela, trata-se de respeitar a Constituição de seu país que respeita o princípio básico do direito internacional de não violar a soberania de outras nações.

Em pronunciamento na Rússia, a chanceler defendeu que a crise política venezuelana deve ser resolvida pelo povo venezuelano, e não por outros Estados que tentem interferir no processo. Afirmou ainda que o mais indicado é “buscar as vias políticas através do diálogo”.