A revolução cubana segue empenhada em proteger seu povo, diz chanceler

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, destacou as conquistas do povo cubano em relação à proteção dos direitos humanos alcançada através da Revolução liderada por Fidel Castro em 1959 contra a ditadura de Fulgêncio Batista.

Bruno Rodriguez Parrilla - Reuters

Nesta terça-feira (15), Parrilla apresentou um informe nacional sobre Cuba no Exame Periódico Universal do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra. Em sua intervenção, o ministro recordou que antes da revolução, eram frequentes na ilha as execuções forçadas, os atos de tortura e havia um altíssimo nível de pobreza; além disso, a dignidade do povo cubano era desrespeitada e depois a realidade foi transformada profundamente.

“A revolução liderada por Fidel Castro transformou esta realidade e continua empenhada em proteger a dignidade de seu povo”, garantiu o ministro. Disse ainda que essa vontade é “invariável e inquebrável” e que o país tem dado passos importantes par aperfeiçoar seu modelo econômico e social.

O chanceler informou que Cuba tem fortalecido a atenção à cidadania e ampliado os mecanismos de participação de forma que as decisões do governo são cada vez mais tomadas de acordo com a vontade do povo da ilha.

Porém, o país não abre mão de algumas diretrizes básicas. “O direito à vida sempre foi nossa maior prioridade”, exemplificou o chanceler. “Em Cuba não há tráfico de armas de fogo e as taxas de homicídio são mito baixas”, disse, ao garantir que a pequena ilha é considerada um dos países mais seguros do mundo.

Destacou ainda que o exercício da democracia em Cuba é constante e ressaltou a transparência dos processos eleitorais, com o último, que elegeu o novo parlamento. “Nossos processos eleitorais não são disputas midiáticas entre partidos elitistas, não se promove a competitividade e o ódio, sem se usa a tecnologia para manipular”, afirmou. Além disso, esclareceu que todos os setores da população estão devidamente representados na Assembleia Nacional de Poder Popular, o parlamento cubano.

Segundo o diplomata, a participação da sociedade civil em Cuba cobra protagonismo. Por exemplo, no processo de consulta sobre a concepção do modelo econômico participaram 1.600 milhão de cubanos, quase 10% da população.

Explicou que o país avançou, com o apoio de instituições governamentais, com relação ao combate à discriminação por orientação de gênero, proteção à infância e à pessoa idosa.
Também destacou que a ilha tem feito grandes esforços para cumprir seus objetivos mesmo diante das condições adversas criadas pelo bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, o qual qualificou como “o maior obstáculo de desenvolvimento” do país.

De acordo com o chanceler, apesar das “regras de mercado e instituições financeiras internacionais pouco democráticas e nada transparentes”, Cuba destina seus recursos para melhorar salários, garantir o acesso à moradia digna e à educação e saúde de qualidade e gratuitas.

“Cuba vai continuar avançado com passos firmes e seguros na construção de uma sociedade cada vez mais livre, justa e solidária”, garantiu, por fim, o ministro, em sua apresentação em Genebra.