Manuela: “A maior expressão do golpe é a prisão política de Lula”

A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, afirmou que a maior expressão do golpe que o Brasil vive é a prisão política do ex-presidente Lula, durante a aula pública com Leonardo Boff, na noite desta segunda-feira (14), em Porto Alegre.

Manuela D Avila - Bruno Alencastro

“Que noite linda! Nos reunirmos para ouvir o Leonardo Boff”, disse Manuela ao iniciar a sua fala. Ela ressaltou que o Teatro Barone da Assembleia Legislativa estava lotado, com pessoas sentadas nos corredores ou acompanhando de pé. “Somos muitos e muitas que lutam pela democracia do Brasil”, frisou.

“Há dois anos dizíamos que o Brasil vive um golpe. Talvez nos equivocássemos ao afirmar que o golpe tinha acontecido. O golpe não aconteceu em um único ato, ele acontece cotidianamente no nosso país”, explicou a pré-candidata.

Manuela enfatizou que o golpe aconteceu com o impeachment sem crime de responsabilidade, quando o programa que o povo escolheu nas urnas foi interrompido, com a aprovação da Emenda Constitucional – que congela os gastos públicos por 20 anos – e da reforma Trabalhista, quando o trabalho escravo se materializa novamente no cotidiano do Brasil e quando a miséria e a fome crescem no país. “Mas, a maior das expressões do golpe é a prisão injusta do ex-presidente”, pontuou.

Para a pré-candidata do PCdoB, a população precisa se dedicar muito pela luta por liberdades. “O Brasil não é livre para construir o seu caminho. Vivemos uma neocolonização e o nosso povo não vive em liberdade, se não tem o direito sequer de escolher livremente quem será o seu próximo presidente”.

A atividade também contou com a presença do deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), do ex-ministro Miguel Rossetto (PT), do deputado estadual Pedro Ruas (Psol-RS), de representes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).