Encontro entre Kim e Trump será em junho

O anúncio ocorreu poucas horas depois da chegada aos Estados Unidos dos três norte-americanos que Pyongyang libertou como gesto de boa vontade para a cúpula. Trata-se de Kim Dong-chul, um empresário hoteleiro de 62 anos, que estava preso desde abril de 2016 sob suspeita de espionagem; e dos professores Kim Hak-duk e Tony Kim, detidos em maio e abril do ano passado, respectivamente.

No final de 2017, a tensão entre Coreia Popular e Estados Unidos estava no seu ápice. Trump ameaçou "destruir completamente" a Coreia Popular em seu discurso durante a Assembleia Geral da ONU (o que lhe rendeu críticas de todos os outros líderes, que reprovaram seu tom agressivo e sua solução bélica sobreposta ao diálogo). Pyongyang vinha testando armas nucleares, deixando o resto do mundo apreensivo. Seu argumento era de que apenas com um armamento a altura daquele dos EUA conseguiria ser ouvida e respeitada de fato em possíveis negociações. 

Coreia do Sul e forças dos Estados Unidos eram responsáveis por sucessivos ataques na fronteira com a Coreia Popular, enquanto que a mesma, ao testar mísseis, incomodava a Seul. 

A tensão melhorou quando, durante os Jogos de Inverno, no ínicio de 2018, ambas as Coreias decidiram colocar suas diferenças de lado e diálogar. Reuniões foram marcadas, até que, no ínicio desse mês, Kim Jong-un foi o primeiro líder norte-coreano a cruzar a fronteira com o Sul para um encontro diplomático. Mas antes, convidou Moon Jae-in, presidente sul-coreano, a cruzar a fronteira com o norte. Depois, ambos os líderes firmaram um acordo de paz. 

Líderes de ambas as Coreias cruzam fronteiras de mãos dadas

O Sul logo reportou que Kim estaria disposto a um encontro com Trump, para negociar. Secretários da Coreia Popular e dos Estados Unidos estiveram em contato, até que o encontro de 12 de junho foi confirmado.