ELN defende celeridade nos diálogos pela paz na Colômbia

“O único caminho viável para a Colômbia é que este diálogo siga adiante e assim poderemos tirar a violência da política para poder avançar no processo de paz”, afirmou.

Isso porque, as mesas de negociação vinham acontecendo – ao longo do último ano – em Quito, no Equador, e o país se retirou do processo de negociação, deixando as duas partes sem um território neutro para fazer os diálogos.

Cuba, que foi palco para as negociações vitoriosas entre as Farc e o governo colombiano, rapidamente colocou seu território à disposição para que o processo de paz não fosse interrompido.

Beltrán ressaltou a necessidade de se acelerar o processo de paz, uma vez que, os assassinatos seletivos contra lideranças politicas de esquerda aumentaram 20% do no último período na Colômbia.

“Temos denunciado estes ataques e, em vez de serem neutralizado, estão se convertendo em genocídio”, denunciou o dirigente e destacou que o grupo guerrilheiro está profundamente preocupado com este cenário. “Se nos convidam a abandonar as armas e nos apresentam um cenário como este, devem entender que não é muito certo o que nos espera”.

Segundo Beltrán, o principal objetivo da retomada do diálogo, agora em Havana, é pactuar um novo acordo de cessar fogo e estagnar a violência política, a fim de levar adiante com mais estabilidade as negociações definitivas para a paz.

Durante a coletiva de imprensa, concedida já em Havana, Beltrán se mostrou confiante com a instalação da mesa de diálogo na ilha comunista. Agradeceu ao governo cubano pela pronta solidariedade ao permitir que a quinta rodada de negociações seja levada a cabo em seu território.