Manuela D'Ávila em Curitiba: “Viva o povo que resistirá!”

“Neste 1º de maio somos as vozes de todas as centrais sindicais para dizer que a nossa luta em defesa da liberdade do ex-presidente Lula é a luta em defesa do desenvolvimento do Brasil”, enfatizou a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila em saudação às milhares de pessoas que participavam do ato unificado das sete maiores centrais sindicais do Brasil (CTB, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, CSB e Intersindical), neste 1º de Maio da Resistência, em Curitiba.

Ato em Curitiba - Foto: Francisco Proner Ramos

Para Manuela, Curitiba tem se feito a capital da resistência das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros neste último período. “Em uma noite aqui em Curitiba denunciávamos juntos e unidos que não aceitaríamos que as balas tentassem calar as nossas ideias. Foi esta cidade de Curitiba que há dois dias viu o acampamento Marisa Letícia ser alvejados pelas balas dos fascistas que tentam calar a nossa resistência e as nossas vozes”.

“Curitiba é hoje o ciclo da nossa unidade e da nossa resistência porque aqui está preso o maior líder popular do Brasil e porque aqui está preso o primeiro presidente operário da história desse gigante país”, salientou Manuela.

“Todos nós somos as vozes de Lula Livre”

A pré-candidata comunista afirmou que este 1º de maio passa pelo sonho de um Brasil justo, mas "o país justo não existirá enquanto qualquer um de nós estiver preso na solitária injustamente ou proibido de falar, afirmou.

“Todos nós somos a voz do desenvolvimento, da valorização do trabalho, da dignidade, das mulheres e de Lula Livre”.

“Viva o povo que resistirá”

Na visão de Manuela, este 1º de maio é o mais difícil dos últimos tempos no Brasil, porque enfrenta grandes retrocessos aos trabalhadores e ataques à democracia brasileira. “Viva o povo que resistirá. Viva a luta das mulheres e dos homens brasileiros”, afirmou a pré-candidata do PCdoB.

Representando o PCdoB no ato, participaram ainda a senadora Vanessa Grazziotin (AM) e a deputada federal Jandira Feghali (RJ). A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman e o senador Lindbergh Farias (RJ) também participaram do ato das centrais (foto principal). 

Mais cedo, Manuela D'Ávila participou dos atos das centrais na capital paulista. Ela voltou a criticar o governo ilegítimo de Temer e sua agenda ultraliberal que apresentou a proposta de lei aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2016, também conhecida como “Teto dos Gastos” que congela por vinte anos as despesas primárias, como nas áreas da Saúde e da Educação. “Quando existe um trabalhador que não tem teto e ocupa um lugar desfavorável é culpa de quem? Do estado, daqueles que aprovaram a emenda constitucional 95, daqueles que dizem que o Brasil já investe o suficiente em políticas sociais”.

A pré-candidata lembrou das medidas de destruição do Estado que reflete na classe trabalhadora. “Se há uma brasileira ou um brasileira sem teto. Se existem quase 2 milhões de família que passaram a cozinhar com lenha, porque não conseguem pagar o gás, se aqui em São Paulo existem 700 mil pessoas que vivem com menos de R$ 180,00 é porque nós vivemos no país que sofreu um golpe, que destruiu a CLT e que mantém Lula preso”, disse, sendo bastante aplaudida.

Para mudar este cenário, Manuela propõe que é preciso construir alternativas para que o Brasil possa se desenvolver, mas com valorização do povo. “Essas alternativas passam pela revogação da reforma trabalhista, pela nossa luta para impedir a reforma da previdência, pela nossa luta para que a política de aumento do salário mínimo seja atualizada. Mas passam também por nós sabermos que a mais alta voz nossa está hoje preso em Curitiba. É por isso que precisamos gritar Lula Livre, viva a resistência das trabalhadoras e trabalhadores”, conclamou.