"Meirelles é a versão piorada do Temer", diz Renan

Em entrevista ao Correio Braziliense e ao Estadão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL afirmou que o partido não é representando por Temer e Henrique Meirelles e que a legenda "sonha em ter um candidato viável para disputar a Presidência da República este ano".

Renan e Temer - Marcelo Caramrgo Agência Brasil - Marcelo Caramrgo/Agência Brasil

Para ele, o MDB não tem nenhum candidato viável para disputar a Presidência da República em 2018. Os dois nomes discutidos hoje, de Temer e do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, numa campanha defenderiam “o legado do governo, não do partido”. 

"Meirelles é a versão piorada do Michel. O Michel ainda tem política, o Meirelles não tem popularidade nem política", declarou.

Renan, no entanto, descarta a possibilidade de apoiar Temer ou Meirelles, mas ele admite que há quem defende que a cúpula do partido deve impor a sua vontade. Segundo ele, o MDB, em vez de investir recursos em uma candidatura própria, vai precisar “sobreviver à hecatombe que o governo Michel Temer provocou no partido”.

Para o senador, “Meirelles é a versão piorada do Michel”, diz. Renan não apenas descarta a possibilidade de apoiar algum deles como defende que o MDB, em vez de investir recursos em uma candidatura própria, precisa “sobreviver à hecatombe que o governo Michel Temer provocou no partido”.

"O projeto alternativo significa que é diferente da candidatura do Michel ou do Meirelles, porque elas não acrescentam nada ao MDB. São candidaturas preocupadas em defender uma prática que não está sendo aceita na sociedade", disse.

Renan disse que a campanha de Temer e Meirelles defende o projeto de governo e não do MDB.

"O MDB hoje está vivendo papel contrário ao que desempenhou no passado. Por isso, precisa mudar. Não é a ponte para o futuro, é a ponte para a sobrevivência. Esse sentimento de necessidade de preservar o MDB não se conjuga com a candidatura do Michel e do Meirelles, não é compatível. Daí a necessidade de um cenário alternativo, que precisa ser articulado. Precisamos construir uma convergência em torno da repetição do que aconteceu em 2006, quando o MDB aprovou não ter candidatos, contra a candidatura própria do Anthony Garotinho. Ou pode caminhar para aprovar alianças. Nesse caso, indicando ou não o vice-presidente", afirmou.