Diante de sanções dos EUA, Venezuela busca apoio de China e Rússia

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, anunciou que o país está buscando ajuda da China e da Rússia para suprir suas necessidades econômicas depois que os Estados Unidos impuseram sanções a transações à nova moeda digital venezuelana, o Petro.

Jorge Arreaza - Reuters

Em março, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para impedir que cidadãos norte-americanos e entidades sob jurisdição dos EUA usassem o Petro.

"Estamos tentando encontrar meios com nossos aliados e irmãos da Rússia, da China, da Turquia, da Índia, que são grandes potências econômicas", disse Arreaza nesta quarta-feira (25), em coletiva de imprensa. "Estamos tentando encontrar outras maneiras alternativas de responder ao povo venezuelano e às suas necessidades fundamentais e básicas".

Arreaza disse ainda que os bancos internacionais têm medo de sanções e medidas coercitivas unilaterais e não querem trabalhar com a Venezuela enquanto suas transações são rejeitadas pelo sistema financeiro.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro criou a moeda digital com o benefício de não depender do sistema monetário internacional.

A difícil situação econômica na Venezuela levou a uma inflação acelerada e a taxa de câmbio do Bolívar venezuelano entrou em colapso no mercado negro.

Diante deste cenário, o governo bolivariano busca alternativas para não curvar sua economia à ingerência de Washington que vem tentando, ao longo dos últimos meses, desestabilizar Nicolás Maduro.