“Lula está protegido pelo povo”, diz presidenta da UNE

Estudantes realizam protestos em apoio ao ex-presidente Lula em diversas partes do país nesta sexta-feira (6). Em São Paulo, eles se reúnem no Sindicato dos Metalúrgicos, no ABC, onde o Lula está. No início desta tarde, uma caravana de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) se deslocou até o sindicato.

Marianna Dias e Presidente da UBES, Pedro Gorki - CUCA da UNE

Para Carina Vitral, presidenta da União da Juventude Socialista (UJS), o momento pelo qual o país passa é grave e a democracia está ameaçada. Carina também destacou que a celeridade no pedido de prisão do juiz Sérgio Moro demonstra que havia acordo nacional para consumar o golpe.

“O que precisamos agora é de muita luta, unidade e convocar todo mundo para ir às ruas em todas as cidades do país. O que está em jogo não é mais a entrega do patrimônio nacional que aconteceu com o governo Temer, a retirada de direitos dos trabalhadores, mas agora estão em jogo também as prerrogativas, as liberdades individuais”, disse Carina.

A UJS afirmou que “o aprofundamento do golpe representa a consolidação do Estado de Exceção, criando-se um ambiente de escalada da violência, da cultura do ódio e do fascismo. Nesse ambiente, perseguem e tentam eliminar, inclusive fisicamente, aqueles que participam do debate público saudável e plural. Essa perseguição e tentativa de eliminação de Lula do páreo eleitoral revelam o autoritarismo vigente e avançam na supressão do Estado Democrático de Direito”.

Já a União Nacional dos Estudantes (UNE) destacou que é necessário que “as entidades de base e gerais se posicionem diante desse ataque antipopular, antinacional e antidemocrático”.

Marianna Dias, presidenta da UNE, disse já passou das 17h e a resistência continua:

“Nós estamos aqui [no Sindicato] e o presidente Lula está protegido pelo povo.”

A unidade entre estudantes da USP informou que há um extremo acirramento político e aprofundamento do golpe.

“Os estudantes da USP têm um papel histórico de luta contra a ditadura militar brasileira e precisam se manifestar ativamente contra esse golpe em marcha, que ganha corpo com a possível prisão de Lula. Os estudantes das universidades estaduais e federais precisam se defender, e, nesse momento, ir para o enfrentamento para garantir que o ex-presidente Lula não seja preso.”

Pedro Gorki, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), prestou solidariedade ao ex-presidente Lula nesta sexta e falou que o processo contra Lula, condenado sem provas, é uma prisão ilegítima e imoral com um processo viciado. Ele destacou a escalada dos movimentos fascistas que tentam calar os estudantes e os brasileiros.

Além disso, ele disse que há uma tentativa de impedir à força a candidatura de Lula, que é um grave ataque à democracia do país.