Temer autoriza aumento de medicamentos a partir deste sábado

Em pleno sábado de Páscoa, o governo federal autorizou reajuste de até 2,84% no preço dos remédios para 2018. O aumento está publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) de ontem em resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).

medicamento - Reprodução

O reajuste será de 2,09%, 2,47% ou 2,84%, conforme o tipo do medicamento. Apesar do aumento, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) destacou em nota que, pelo segundo ano consecutivo, o reajuste dos medicamentos ficou abaixo do esperado.

"A indústria farmacêutica tem conseguido segurar seus preços, apesar do expressivo aumento dos custos de produção nos últimos anos", disse o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Mas de acordo com a entidade, cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro devem ser atingidos pelo reajuste.

Os reajustes são de conforme o perfil de concorrência dos produtos, seguindo a lógica de que, nas categorias com um maior número de genéricos, a concorrência é maior e, portanto, o aumento também pode ser maior, ou seja, nos medicamentos mais utilizados pela população. São 3 níveis diferentes de alta.

De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro grupo é o dos medicamentos de maior concorrência, são aqueles que possuem mais laboratórios produzindo diversas marcas ou genéricos substitutos. São, por exemplo, os medicamentos inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc.) e estatinas (sinvastatinas, atorvastatina, etc.). Esses produtos aumentaram no ano passado em até 4,76%.

O segundo grupo de medicamentos são os que têm concorrência moderada, como antifúngicos sistêmicos (cetoconazol, fluconazol, etc.) e analgésicos narcóticos (tramadol, morfina, etc.). Esses medicamentos tiveram aumentos de seus preços máximos em até 3,06%.

Já o terceiro grupo é o dos medicamentos com baixa concorrência, como os corticosteroides oral puro (betametasona, dexametasona, etc.) e penicilinas injetáveis (ampicilina, amoxicilina, etc.). Os medicamentos desse grupo respondem por mais da metade do mercado de medicamentos e tiveram os menores ajustes, de no máximo 1,36%.