Manuela condena atentado: fascismo quer matar quem pensa diferente

A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, deputada estadual (RS) Manuela D’Ávila faz um discurso contundente ao explicar porque os ataques à Caravana de Lula pela região Sul representa um ataque fascista. Direto da Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do RS, Manuela destaca: "O que nós assistimos nos últimos dias é a prova mais significativa que esses grupos tem sim uma origem ideológica próxima ao fascismo. O que diz nossa Constituição? Que é livre a organização da sociedade".

Manuela - Foto: Reprodução

Antes mesmo do ataque a tiros recebidos pela caravana de Lula pelo país, Manuela explicava aos deputados gaúchos sobre como deveria ser um processo democrático. Deveria ser comum poder receber uma visita política, recepcionar o seu líder que visita a região, mas grupos armados com paus e pedras quiseram barrar a visita e a recepção foi jogar pedras.

“Ninguém joga pedra para acariciar. Mas para matar. Aqueles que atiraram pedras sabiam exatamente o que estavam fazendo”, denunciou a pré-candidata.

“Portanto, esses grupos falam que quem pensa diferente de mim não merece existir. Eu creio que esses ataques é algo de divisor de águas. Temos muitos debates em curso, sobre candidatura, ativismos politico no judiciário, como será o comportamento da esquerda nas eleições, citou Manuela, explicando que o que está querendo chamar atenção é para “a possibilidade de nos organizarmos e ouvir a quem quisermos ouvir”. “E é esse debate que conclamo”, explica.

Para Manuela, “não foi Lula e sua caravana que foram alvejados, o debate não é sobre habeas corpus, não é sobre o direito dele concorrer, não é sobre o PT, não é sobre o petismo, pontua. “É sobre nós continuarmos a fazer política em um país democrático, é sobre nós não voltarmos ao tempo de Jesus e Maria Madalena que apedrejavam com quem não se concordava (…)

“Eu sigo acreditando que as eleições, que a democracia e que a política são os atores ou os elementos centrais para a construção de saídas para a crise em que o país vive”.

“Atentemos, um dia é contra Lula, no outro dia é contra qualquer um que se manifeste, se mobilize ou que pense diferente”.

Assista a fala da deputada: