Cresce tensão entre Síria e Turquia após ofensiva turca 

Como informao jornal O Globo, as forças turcas e combatentes sunitas sírios tomaram o controle da cidade no domingo (18), e Erdogan anunciou na segunda-feira (19) que vai ampliar a ação militar para outros territórios do país sob ocupação de grupos curdos. A Turquia combate a milícia curda das Unidades de Proteção do Povo (YPG), que considera "terrorista" pela suposta ligação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), envolvido na guerrilha por independência no território turco desde 1984.

"A Síria condena a ocupação turca em Afrin e seus crimes, e exige a retirada imediata das forças de invasão dos territórios sírios", disse o ministro em carta enviada ao secretário-geral da ONU e ao chefe do Conselho de Segurança da organização.

A situação é coplexa, uma vez que os curdos estão recebendo ajuda dos Estados Unidos, que usa essas milicias a seu favor, uma vez que tem interesse no território sírio e em termos de influência na região. Por outro lado, a Síria não permitirá que a Turquia, até agora sua aliada na guerra, passe a tomar decisões bélicas de ocupação por conta própria dentro do território sírio, sem autorização ou diálogo com Damasco. 

Depois de Washington ter anunciado a criação de uma “força fronteiriça” no Norte da Síria, que integraria combatentes curdos, Ancara lançou a ofensiva terrestre e aérea, com a participação de forças rebeldes sírias locais que também pretendem controlar estas regiões, como informa o jornal Publico. As tropas norte-americanas estão em território sírio sem autorização das Nações Unidas e sem qualquer pedido do governo de Damasco.

Ainda segundo O Globo, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu na segunda-feira (19) um maior acesso aos civis de Afrin. Segundo o CICV, o Crescente Vermelho turco não tem credibilidade entre os curdos e por isso não é a instituição mais indicada para prestar ajuda à população da área.