Dois anos depois, maioria dos argentinos não votaria em Maurício Macri

Um estudo publicado nesta quarta-feira (14) revelou que 53% dos argentinos não apoiaria o presidente Maurício Macri na próxima eleição, em 2019. Mesmo que ele esteja disposto a encarar a disputa para um segundo mandato, apenas 31% dos eleitores considerariam votar novamente no candidato da Cambiemos.

Mauricio Macri - Divulgação

A pesquisa foi realizada pela empresa de consulta Raúl Aragón e Associados, e mostrou o panorama da coalizão dos partido de direita Cambiemos, a qual Macri é o líder máximo. Segundo os resultados, o presidente está longe de ser uma opção para a reeleição em 2019.

Os principais motivos desta rejeição, segundo o estudo, são as políticas antipopulares de Macri que implicaram em aumento de taxas de serviços básicos e atingiram diretamente o bolso dos trabalhadores. Antes das eleições, o presidente tinha 60% de aprovação popular. Dois anos depois, as políticas neoliberais do presidente parecem não ter sido aprovadas pela população, porque esta cifra caiu para 44%.

A pesquisa mostra ainda que 45,9% dos argentinos têm considerações negativas sobre o mandatário. E 17,8% dizem ter acreditado nas promessas de crescimento econômico, aumento de investimentos estrangeiros e ampliação de postos de trabalho.

Agora, porém, 57% dos entrevistados considera que a gestão de Macri é focada em beneficiar apenas os ricos e a s grandes empresas. Já 6,3% acredita que o presidente têm um projeto voltado aos mais pobres.

Uma das principais promessas de campanha era a “Pobreza Zero”, 70,8% dos eleitores acreditam que o presidente não avançou com políticas púbicas neste sentido.

Outras questões, não pautadas pelo projeto de governo de Macri, foram abordadas na pesquisa, entre elas a legalização do aborto, que tem apoio de 49,9% da população e rejeição de 38,4%.