Eleições em Cuba tem participação de quase 80% dos eleitores

Cerca de 7 milhões de pessoas, que representam 78,5% dos habilitados a votar, haviam ido às urnas até as 17h (18h no Brasil) deste domingo (12) em Cuba para eleger os representantes que, em abril, irão escolher o novo presidente do país. Os dados são da Comissão Eleitoral Nacional (CEN).

Eleições em Cuba - Divulgação

Durante quase 12 horas, as sessões eleitorais permaneceram abertas no país. Crianças e adolescentes “guardavam” os locais, de maneira simbólica. As urnas foram fechadas às 19h (hora local, 20h no Brasil).

Mais de 8 milhões de cubanos haviam sido convocados para eleger os 605 deputados do Parlamento e os 1.265 delegados das 15 Assembleias Provinciais do Poder Popular. O voto, livre e secreto, foi exercido em 24.470 colégios eleitorais.

Segundo o CEN, o dia eleitoral transcorreu em total tranquilidade. Entre as províncias que registraram maior número de votantes, estão Mayabeque, Pinar del Rio e Granma.

O presidente Raúl Castro votou logo pela manhã, no município de Segundo Frente, em uma região montanhosa no leste do país – o nome da cidade é inspirado na guerra de guerrilhas que o mandatário encabeçara ao lado de Fidel (1926-2016), responsável pela queda do regime de Fulgencio Batista, em 1959.

Os representantes eleitos neste domingo assumem seus cargos em 19 de abril, oportunidade em que escolherão o novo presidente do país. O mais cotado para assumir o posto é o atual vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Ele seria o primeiro dirigente cubano, nascido depois do triunfo da Revolução, que alcançaria esse cargo político.

"As eleições são um exemplo de civismo patriótico e revolucionário e de lealdade a nosso modelo", declarou o chanceler Bruno Rodríguez.