#8M – Movimentos sociais vão às ruas contra o feminicídio

 Trabalhadoras(es) e militantes dos movimentos sociais e populares do campo e da cidade promoveram, na manhã de hoje, um grande ato pelas ruas de Goiânia em homenagem ao Dia da Mulher. A atividade reuniu 80 entidades e integra uma série de ações que serão realizadas ao longo do mês de março.

#8M – Movimentos sociais vão às ruas contra o feminicídio

O objetivo foi alertar a sociedade para o altíssimo índice de violência contra a mulher em Goiás. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), os casos de feminicídio aumentaram 82% de 2016 para 2017. Além disso, uma série de reivindicações para as mulheres do campo, como incentivos à agricultura familiar, não saem do papel na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

De acordo com a Coordenadora de Assuntos Étinico-Raciais, Gêneros e Diversidade Sexual do SINT-IFESgo, Michely Coutinho, esse foi um dos motivos que levou a organização do evento a fazer a concentração na frente da Alego. “Trouxemos (o ato) para cá em virtude de uma série de questões levantadas pelas camponesas. Ontem, inclusive, elas foram vítimas de violência pela segurança da casa quando tentaram entrar para se abrigar da chuva”, afirmou.

A passeata seguiu da Alego pela Avenida Anhanguera até a SSP-GO, numa caminhada de 5 km, para protocolar um documento assinado pelas entidades que construíram a atividade, exigindo que o governo do estado tome providências com relação ao alarmante aumento da violência contra a mulher em Goiás.

Além da passeata de hoje, uma rede de organizações em defesa da mulher, sindicatos e entidades do movimento social e popular irão promover uma série de atividades nos próximos dias. Serão realizadas oficinas, palestras e diversas atividades, tanto em Goiânia quanto no interior.

A deputada estadual e presidenta do PCdoB em Goiás, Isaura Lemos, acredita que somente com a união de forças de todos os setores da sociedade será possível conquistar as igualdades de gênero. “É preciso lutar por igualdade de salários para o desempenho das mesmas funções, pelo direito sobre o seu próprio corpo, por uma saúde de qualidade para as mulheres que geram vidas. Não podemos aceitar mulheres sofrerem violência e serem mortas em suas próprias casas. Só conseguiremos superar essas questões com a união de todos”, acentuou.

Com informações de SINT-IFESgo