Em resolução, PSB defende unidade do campo de esquerda em 2018

O PSB reconduziu Carlos Siqueira à presidência da legenda durante o XIV Congresso Nacional encerrado. Em seu discurso, Siqueira afirmou que o partido está unido e destacou que o foco é buscar uma "solução que traga paz".

Calor Siqueira Congresso PSB - Divulgação

“Quero agradecer a vocês, que são grandes responsáveis pelo sucesso desse congresso, o maior que o partido já realizou em número de delegados. Vocês são responsáveis também pela unidade partidária que se expressou aqui nesses três dias”, disse Siqueira, diante dos 1,3 mil delegados.

Siqueira disse ainda que será um ano decisivo para a legenda e que as eleições não devem ser “um fim em si mesmo”. “Somos candidatos porque queremos melhorar a vida da nossa gente, porque queremos melhorar e desenvolver o nosso país. Vamos dar um conteúdo às nossas eleições, que elas não sejam um fim em si mesmo e nem oca de ideias”, defendeu.

Em resolução aprovada, a legenda reafirmou o seu interesses em ter candidato próprio ao Planalto, mas caso opte por apoiar algum candidato de fora, terá de ser alguém do campo de esquerda, alinhado programaticamente com o PSB.

A legenda sinaliza que poderá não fazer coligação formal no primeiro turno, para dedicar esforços na eleição de 10 governadores com potencial de vitória e na ampliação da bancada de deputados federais.

"O novo diretório nacional recebeu uma delegação e terá de escolher entre três hipóteses. A primeira delas é ter candidatura própria. A segunda delas é se coligar com outra candidatura de um partido que tenha identidade programática com o PSB. E a terceira, que é uma hipótese que eu pessoalmente não defendo, é não se aliar formalmente a nenhum dos candidatos à Presidência", explicou Siqueira, reforçando que ainda é cedo para uma definição, em relação a uma das opções.

"O grau de incerteza da conjuntura política não permite hoje ter uma tendência. Claro que o maior desejo é ter a candidatura própria", afirmou.

Para alguns analistas, a resolução do PSB fechou as portas para um apoio formal à candidatura à Presidência da República do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), como pleiteava o vice-governador e membro da direção do PSB, Márcio França.

"Falamos em possibilidade de coligação com um candidato que tenha identidade programática", afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira, evitando citar o nome de Alckmin.