Manuela: “A intervenção militar no Rio é improvisada e não permanente”

A pré-candidata pelo PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila voltou a tratar sobre o tema da segurança pública no Brasil. A crise na área é um dos temas mais preocupantes atualmente para os brasileiros, e para Manuela a medida de intervenção militar, do governo Temer não solucionará o problema. "É algo improvisado e não permanente", disse em bate-papo pelas redes sociais nesta terça-feira (27).

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Manuela

Para resolver a questão, a pré-candidata defende a criação de uma autoridade nacional, como o Ministério de Segurança Pública, de uma inspetoria nacional de polícia para garantir que os bons policiais sejam a referência, e de uma ouvidoria policial, para que as polícias tenham legitimidade para atuar socialmente.

“Precisamos de polícias que se relacionem com as comunidades. Além disso, precisamos criar um fundo e piso para a Segurança Pública. Para vocês terem ideia, foi investido 600 milhões de reais no último período no complexo da Maré. Esse dinheiro poderia ser usado para reequipar as polícias militares e civis do estado do Rio de Janeiro”.

Segundo Manuela, as polícias precisam ter o chamado “ciclos completos”, ou seja, que as polícias tenham capacidade de agir nas ruas e investigar. “Hoje no Brasil as responsabilidades das polícias são divididas, é o único país do mundo onde isso acontece. E isto tem relação com a incapacidade de descobrir os verdadeiros criminosos do Brasil, por exemplo, no tema do tráfico a polícia se dedica ao enfrentamento do tráfico de varejo, quando na realidade deveria prender aqueles que lucram milhões de reais com isso”.

“Por último, acho que o Brasil precisa fazer o debate sobre o tema da tributação de drogas e o uso desse recurso para a conscientização do consumo e a reparação das comunidades periféricas”.

Assista aqui o vídeo completo da fala da Manuela D’Ávila: