Para 88% dos pequenos empresários, crise ainda dificulta negócios

O golpe parlamentar foi vendido pela grande mídia como uma panaceia que resolveria todos os problemas. Mas o recém-divulgado e pífio PIB brasileiro em 0,1% no 3º trimestre de 2017 mostra um cenário de estagnação. Após praticamente dois anos do golpe parlamentar de 2016, quase 90%, exatos 88% dos micro e pequenos industriais do Estado de São Paulo afirmam que a crise econômica ainda afeta os negócios.

micro e pequenas empresas

 O dado é da 59ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) ao Datafolha. A indústria naval, por exemplo, foi estrangulada pelo golpe e pela operação Lava Jato.

A situação já era prevista, já que o golpe parlamentar foi dado para beneficiar grandes players, grandes empresários globais e nacionais. O estudo revela também que apenas 4% das MPIs possuem capital de giro mais do que suficiente. Já os micro e pequenos industriais que tiveram um péssimo faturamento em dezembro de 2017 somam 36%. Após 6 meses do golpe, micros e pequenos empresários já reclamavam da situação.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, a situação das micro e pequenas indústrias ainda gera preocupação. “Apesar do ano passado ter sido melhor do que 2016, o quadro é delicado porque as MPIs estão tentando se recuperar sob uma base já deteriorada”, explica.

Alguns dados da pesquisa apontam que 62% possuem dificuldade com a administração tributária, ou seja, duas em cada três empresas. Outros 31% têm dificuldade com problemas trabalhistas.

“Os problemas apontados pela pesquisa são reflexos da crise econômica dos últimos anos. Porém, as micro e pequenas indústrias precisam de mais macro políticas públicas como linhas de crédito adequadas, para aquecerem o mercado interno e abrirem mais vagas de emprego”, pontua Couri.

O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo é encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha. 42% das MPIs de todo Brasil estão em de São Paulo. A íntegra das 59 pesquisas Simpi/Datafolha, desde março de 2013, está disponível no site da entidade .