CTB espera que sucessão no TST promova ambiente de diálogo

O presidente nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, esteve em Brasília nesta segunda-feira (26) para a cerimônia de posse do jurista maranhense João Batista Brito Pereira como novo ministro presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O ato contou com a participação de Michel Temer. 

Posse de João Batista Brito como novo presidente do TST 26 de fevereiro de 2018 - Ruth de Souza/ CTB

A expectativa do movimento sindical é que com a nova gestão do tribunal sejam restabelecidos o equilíbrio e o diálogo com as centrais sindicais, que foram abalados na gestão anterior do ministro Ives Gandra Martins Filho.

"Ives Gandra se revelou um legítimo representante dos interesses do grande capital e do mercado e recebeu muitas críticas em toda a sua gestão. A nossa expectativa agora é que com a posse do novo ministro a gente possa criar um ambiente de diálogo", diz Adilson.

O dirigente destacou o importante papel do TST no debate sobre o mundo do trabalho no país neste momento em que direitos fundamentais têm sido atacados. "O TST é uma instância fundamental para o exercício da luta democrática e dos direitos da classe trabalhadora"

E lembrou que durante o debate da reforma trabalhista, sobretudo no que dizia respeito à lei da terceirização generalizada e irrestrita, dos 27 ministros do TST, 19 ministros combateram a matéria com veemência e subscreveram um manifesto público repudiando a intenção de sacramentar esta decisão que iria "escancarar a possibilidade de um trabalho precário, análogo à escravidão".

"Os trabalhadores perdem, a sociedade perde. Acreditamos que à luz dos enunciados da Anamatra, de toda essa expectativa que foi gerada diante da grande insatisfação que existe hoje entre os trabalhadores, vai ser fundamental percorrer um novo caminho”, diz o dirigente.