Tem mulher de luta no Barão de Itararé

Bloco Barão de Itararé: 29 anos levando alegria e irreverência ao povo do Grande Dirceu.

Bloco Barão de Itararé 2018 - José Carvalho Rufino
Há 29 anos fazendo do carnaval de Teresina uma manifestação de alegria popular e de protesto político, o Bloco Barão de Itararé tomou a avenida principal do bairro com uma exaltação à mulher, suas lutas, conquistas e a denúncia contra o preconceito, a discriminação e a violência de que são vítimas. Quem foi a avenida principal do Dirceu, neste domingo, 11 de fevereiro de 2018, certamente presenciou muita diversão. Os dirigentes do bloco dizem que não tem quem resista aos encantos do samba enredo e logo caí na folia ao som da harmoniosa bateria do Bloco de Carnaval Barão de Itararé.
O Bloco de Carnaval Barão de Itararé, surgiu em 1989, ano em que o poder público resolveu deixar de patrocinar o carnaval de rua realizados pelas Escolas de Samba de Teresina. Tal situação levou militantes comunistas e dirigentes da Associação de Moradores do Itararé como: Anselmo Dias (in memorian), Firmina Sales, Adalgisa Costa, Dino Pereira (in memorian), Conceição Mendes, Raimundo Mendes, Genésio Nunes a defenderem o carnaval como bandeira de luta e assim puderam garantir vida a folia de momo e a alegria do povo do Grande Dirceu, evitando o fim do caranaval de Teresina.

Antonio Gomes Vilela, percussionista do Barão há 29 anos, lembra de seus companheiros Raimundo Rocha (in memorian) e Edilson Silva como sendo os primeiros componentes do bloco convidados a compor e dirigir a primeira bateria. Vilela, como é chamado, recorre à sua memória saudosista e nota que o Barão de Itararé já foi considerado pela midia, autoridades e pelo povo, o melhor bloco carnavalesco da capital, Teresina.
Rodrigo Maxwel, atual presidente do Barão de Itararé, diz que há uma tradição nos sambas enredos do bloco de criar letras que observam o momento conjuntural em que o país está vivendo. O presidente diz ainda que o bloco procurar ser ousado, irreverente, sempre.

Rodrigo, relata ainda que o Bloco evoluiu e transformou-se em pessoa jurídica. Agora, ele funciona como instituição e tem como principal meta para 2018 instituir uma escola de percussão, podendo cumprir a importante missão e função social de tirar crianças e jovens de situações de riscos e utilizando-se do contra-turno escolar poder incentivar essas crianças a aprenderem a tocar algum instrumento de percussão.