Coreia Popular convida o presidente da Coreia do Sul a Pyongyang

Irmã de Kim Jong-un, Kim Yo-jong, transmitiu pessoalmente o convite ao presidente Moon Jae-in em um almoço em Seul.

Coreia do Sul e Coreia do Norte - Foto: AFP

A República Popular e Democrática da Coreia (RPDC) convidou o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a visitaro país irmão e para reuniões em Pyongyang.  A distensão entre as duas Coreias aberta com a participação do Norte nas Olimpíadas de Inverno do Sul deu um novo passo. O convite foi transmitido no sábado durante um almoço da irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo-jong, com Moon na Casa Azul, a residência presidencial em Seul.

Durante o almoço, de mais de três horas e no qual de acordo com as fotos os sorrisos foram numerosos, “a enviada especial Kim Yo-jong entregou uma carta pessoal” de seu irmão na qual o líder norte-coreano expressa “seu desejo de melhorar as relações entre as duas Coreias”, declarou o porta-voz presidencial, Kim Eui-kyeom. O líder norte-coreano deseja se reunir com o chefe de Estado do sul “o quanto antes”, e por isso convida Moon a “visitar o norte quando for conveniente”, acrescentou.

Kim Yo-jong deixou uma mensagem igualmente calorosa no livro de visitas da residência presidencial: “Espero que Pyongyang e Seul se aproximem nos corações dos coreanos e tragam a unificação e a prosperidade em um futuro próximo”. Moon e o chefe de Estado norte-coreano, Kim Yong-nam, assistirão juntos à partida que a equipe olímpica conjunta de hóquei feminino disputa em Pyeongchang no sábado.

Se ocorrer, a reunião de Pyongyang será a primeira entre líderes coreanos em mais de dez anos, e a terceira da história após Kim Jong-il, o pai de Kim Jong-un, se reunir em 2000 com Kim Dae-jung e em 2007 com Ron Moo-hyun.

O convite representa um respaldo à política de Moon de aproximação ao norte, após um ano do aumento das tensões na península e entre Pyongyang e Washington pelo programa nuclear norte-coreano. Também significa uma investida calculada de Pyongyang aos Estados Unidos, que insiste em não acreditar no diálogo entre os dois países, mesmo diante de tantas evidências.