Adilson Araújo sobre Reforma da Previdência: "Não é hora de comemorar"

Representantes de centrais sindicais estiveram num encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na última quarta-feira (07). Na reunião, pediram ao deputado que pautasse a votação da reforma da Previdência somente após as eleições de outubro.

Adilson Araújo, presidente da CTB - CTB

Segundo o deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos participantes da reunião, Maia não disse que o assunto morreu, mas “ponderou que não tem votos agora para aprovar, que será muito difícil conseguir e que não pautará mais, se não for votado até o final de fevereiro. Ficou entendido que já era”, afirmou o deputado.

Informações divulgadas deram conta de que os sindicalistas saíram satisfeitos do encontro com Maia, em tom de comemoração. No entanto, para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, "o momento exige cautela e ainda não é hora de comemorar". O dirigente divulgou nota nesta sexta-feira (9) sobre o posicionamento da CTB frente a notícia do adiamento.

"Há muita especulação sobre o "vota, não vota" a reforma da Previdência. Nesse caso, a única certeza que podemos ter é que a derrota do governo só virá com muita luta e resistência", diz o presidente no texto.

Confira íntegra abaixo:

Chega de disse me disse

Não dá para cair no canto da sereia nem tampouco comemorar antes da hora. O carnaval bateu na porta, para quem gosta da folia, a hora é agora. Todavia, devemos ter cautela! Ainda não é hora de comemorar!

Há muita especulação sobre o "vota, não vota" a reforma da Previdência. Nesse caso, a única certeza que podemos ter é que a derrota do governo só virá com muita luta e resistência.

O povo brinca, mas com o povo não se brinca! É importante ficar de olhos abertos. O governo não poupa dinheiro na compra de votos, promete ajuda aos estados e convoca o mercado para pressionar ainda mais os deputados e deputadas indecisos.

No fundo, a quadrilha Temer, Jucá e Padilha, quer acabar com a aposentadoria. O desejo é a privatização completa para satisfazer os interesses dos banqueiros e grandes empresários.
Não passará! Não permitiremos mais um crime contra a classe trabalhadora!

Michel Temer não está nem aí para os problemas do país, tampouco para os problemas do povo, principal vítima do desemprego crescente e da insegurança que cresce a todo instante.

O governo pode até ter dificuldades para aprovar o projeto de desmonte da Previdência. Contudo, já perdemos demais! Precisamos ter atitude e partir para radicalidade consequente.

O Golpe foi dado e eles querem a todo custo roubar a nossa dignidade. Isso não tem preço. Vamos para a briga!

Dia 19/02 tem luta! E você não pode ficar de fora! Vamos nos encorajar e dizer, em alto e bom som: Eu digo NÃO a Reforma da Previdência!

A luta segue, hoje e sempre!

Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB