Copom faz novo corte e leva taxa de juros a 6,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mais uma vez confirmou a expectativa majoritária dos "mercados" e reduziu em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, agora para 6,75% ao ano, no menor nível em termos nominais. Foi o 11º corte seguido desde outubro de 2016, quando a taxa estava em 14,25%. A decisão foi unânime.

Copom

"O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra recuperação consistente da economia brasileira", diz o Comitê em comunicado divulgado logo após o término da reunião, no início da noite desta quarta-feira (7). Segundo o colegiado, "o cenário básico para a inflação tem evoluído, em boa medida, conforme o esperado", com alguns fatores de risco.

Ao mesmo tempo, o Copom sinaliza que o período de cortes da taxa básica terminou, vendo "como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária". Mas até a próxima reunião, em 20 e 21 de março, essa visão "pode se alterar e levar a uma flexibilização monetária moderada adicional, caso haja mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos".

Rm nota, a Força Sindical classificou a redução da Selic como "tímida". "Ao manter a política de conta-gotas, o governo acerta no remédio ao reduzir a taxa Selic (taxa básica de juros), mas erra na dose ao cortar muito pouco. Mais uma vez o Copom frustra o setor produtivo e se curva aos especuladores", criticou o presidente da central, Paulo Pereira da Silva.

"A taxa Selic continua proibitiva, e o Brasil perde outra chance de apostar na produção, consumo e geração de empregos. Vale destacar que juros altos sangram o País e inviabilizam o desenvolvimento. O pagamento de juros, por parte governo, consome e restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do País, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros", completou.