Intelectuais lançam manifesto pela paz na Colômbia

Mais de 300 intelectuais de todo mundo expressaram preocupação em torno da implementação dos acordos de paz e a respeito dos assassinatos de líderes sociais na Colômbia.

paz na Colômbia

Reconhecidas figuras da intelectualidade mundial assinaram um documento no que mostram inquietude pelos crimes contra defensores dos direitos humanos, líderes sociais e membros do partido Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) no país sul-americano.

Segundo o diário colombiano El Espectador que teve acesso ao referido texto, os professores franceses Robert Chaluleau, Marie Estripeaut-Bourjac e o colombo-francês Alfredo Gomez Muller lideram a iniciativa de criar uma análise sobre o processo de paz.

Como resultado desse projeto conseguiram reunir a assinatura de mais de 300 intelectuais de todo mundo, como a escritora estadunidense Judith Butler e os filósofos marxistas Michael Löwy e Etienne Balibar, este último aluno do reconhecido filósofo Louis Althusser.

Na lista de personalidades que assinaram o manifesto estão também Eric Fassin (França), Alex Callinicos (Grã-Bretanha), Silvia Rivera Cusicanqui (Bolívia), Franz Hinkelammert (Costa Rica) e Atilio Boron (Argentina), Genevie Fraisse (França), Raul Fornet Betancourt (Alemanha), Matthieu de Nanteuil (Bélgica), Stéphane Douailler (França), Juan Manuel Echavarria (Colômbia), Arturo Escobar (Colômbia) e Rodrigo Uprimny (Colômbia), entre outros. O documento faz menção a declarações do chefe da Missão Especial de Paz da ONU na Colômbia, Jean Arnault, em novembro passado, quando alertou de atrasos quanto à criação de condições e estabelecimento de garantias para a reincorporação à vida civil dos ex-combatentes das FARC.

A declaração incluiu um chamado à União Europeia "para que tome responsabilidade a respeito, considerando seus apoios prévios ao processo ao ter enviado um emissário durante as conversas em Havana".

Tomando em conta também o respaldo da UE financeiro e logístico a numerosas iniciativas de paz no território colombiano. ‘Ver o colapso do processo de paz sem atuar com maior firmeza poria em perigo o significado mesmo de sua ação nesta região do mundo’, afirma o manifesto.