Candidato conservador vence eleições presidenciais no Chipre

Nicos Anastasiades foi reeleito no domingo (4) para a presidência do Chipre, com 56% dos votos, ficando a frente de Stavros Malas (44%), apoiado pelo AKEL, no segundo turno das eleições. Na sua declaração, o secretário-geral do AKEL reforçou que "a luta não acaba aqui"

eleições no Chipre

De acordo com as autoridades, participaram das eleições 73% dos 550 mil eleitores. A maioria optou por reeleger o conservador Nicos Anastasiades, que fez da retomada das negociações sobre a reunificação da ilha uma das bandeiras de sua campanha, logo após o fracasso das discussões sobre o assunto promovidas pelas Nações Unidas, em julho de 2017. 

Stavros Malas, candidato independente que contou com o apoio do Partido Progressista do Povo Trabalhador (AKEL, comunista), também fez das negociações sobre a reunificação um tema prioritário e criticou o seu oponente por, enquanto participante nas últimas conversas sobre o assunto, não ter conseguido garantir um acordo.

As eleições aconteceram na República do Chipre, país membro da União Europeia, reconhecido internacionalmente e que ocupa perto de dois terços da ilha situada no mediterrâneo. O território restante foi ocupado pela Turquia em 1974, que ali criou a República Turca de Chipre do Norte, não reconhecida a nível internacional.

No primeiro turno das presidenciais, realizada no dia 28 de Janeiro, Anastasiades obteve 35,5% dos votos e Malas 30,25%.

Andros Kyprianou: "A luta não acaba aqui"

Na declaração que fez sobre o resultado das eleições, o secretário-geral do AKEL, Andros Kyprianou, sublinhou a defesa dos interesses do povo, bem como as diferenças profundas que os comunistas têm com as políticas socioeconômicas de Anastasiades, que no último mandato "deu muito para poucos e muito pouco para muitos".

Também sobre a "questão do Chipre" – que o AKEL considera prioritária –, Kyprianou manifestou divergências em relação ao presidente reeleito, exigindo que dê provas concretas sobre seu empenho.

No seu discurso, o líder dos comunistas destacou que "a luta não acaba aqui" e garantiu que o AKEL vai intensificar a luta em defesa dos interesses do povo do Chipre – para combater a pobreza, a desigualdade e o desemprego – e contribuindo para a reunificação da ilha.