Candidatura do PCdoB busca apontar saída para a crise, diz Manuela

Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (2), a pré-candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, falou sobre a importância de se buscar saídas para a crise no Brasil ao mesmo tempo em que se fortalece a esquerda e defende a candidatura de Lula.

manuela - Foto: Flickr Manuela

Manuela deixou claro, uma vez mais, que sua pré-candidatura não está relacionada a “rachar a esquerda” e sim a aprofundar o debate para buscar saídas para crise política e econômica que assola o Brasil depois do golpe. “A eleição tem que ser o debate de uma saída para crise. Se juntarmos todas as energias apenas na defesa de Lula (…) temos que trocar o pneu com carro andando, ou seja, defender o direito de Lula concorrer e apontar saídas para a crise”.

“Todos são Temer”

A deputada estadual criticou ainda o fato de se tratar possíveis candidaturas de Jair Bolsonaro e Luciano Huck como uma “novidade” e “alternativa” para o atual cenário. “Bolsonaro, Huck, Alckmin, todos estão aglutinados em torno do governo Temer. O que o povo sofrerá com as reformas [trabalhista e previdenciária] é o que essa turma defende. Apesar de disfarçar, são todos Temer, que só não foi no Caldeirão do Huck, já girou toda a mídia brasileira…”, denunciou.

“Lula é o principal líder popular do Brasil. Não creio que o impacto da instabilidade de sua candidatura se dê apenas na esquerda. Seja porque ele é o primeiro colocado em todos os cenários, seja porque na nossa interpretação, é legítimo que possa disputar. A possibilidade de não figurar [no pleito] é antidemocrática não só por acharmos que ele foi julgado sem provas, mas também porque isso agravará a crise”, afirmou a pré-candidata.