Emmanuel Furtado: Cariri na vanguarda do respeito humano

Relevante que tal postura inclusiva e de ação afirmativa seja aplicada por quem há de ter uma visão universal, partindo do regional, vale dizer, por uma Universidade. A sexualidade humana passa por análises de vários ramos do conhecimento. O fato é que a forma de manifestação de tal sexualidade é personalíssima e desde que não venha a ser externada em prejuízo, ou sem consentimento do outro enquanto parceiro, não há hodiernamente razão plausível para que se diga que somente a orientação heterossexual é a escorreita e que, portanto, deve receber aceite da sociedade.

À falta dessa visão pluralista é que se têm notícias das mais estapafúrdias barbaridades perpetradas muitas vezes em plena praça pública, em desfavor de pessoas trans, que vão de sevícias até mesmo assassinato – quem não se recorda do recente episódio em que Dandara foi morta em pleno local público?

Não faltam os que queiram atrelar tal morte ao envolvimento com drogas para mascarar o preconceito! Até onde sei o Direito Penal não aceita a pena de morte, quanto mais um julgamento em praça pública, a condenação e a execução!

Estão de parabéns os dirigentes da referida IES, colaborando para a inserção no mercado de trabalho, já tão precarizado e vilipendiado pelas últimas reformas, e ao mesmo tempo patenteando que como ser humano, todos são detentores de dignidade e, portanto, merecedores de respeito e iguais oportunidades, desde o ponto de partida, pelo menos em democracias que não estão só no papel, mas que se efetivam no cotidiano.