Representante da ONU reconhece a forte democracia na Bolívia

O representante do Escritório do Alto Comisionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Oacnudh) na Bolívia, Denis Racicot, reconheceu a consolidação democrática no país, e considerou que constitui hoje um exemplo para o mundo

Bolivia

"A Bolívia e seu processo de mudança são uma escola para o resto das nações do planeta", afirmou na terça-feira (19) Racicot, durante o ato no qual a Câmara dos Deputados da nação andino amazônica o condecorou com a Ordem Parlamentar do Mérito Democrático "Marcelo Quiroga Santa Cruz".

Nessa ocasião, Racicot ponderou a evolução boliviana desde a adoção da nova Carta Magna em 2009, principalmente em matéria de direitos humanos, pois conseguiu consolidar o caminho para a justiça econômica e uma redistribuição mais justa.

Assinalou, também, a contribuição da Oacnudh no processo democrático na Bolívia, e exemplificou com a participação desse organismo no aperfeiçoamento da área jurídica do país e no trabalho com a sociedade civil em matéria de direitos humanos e integração.

Racicot recordou que foi o Governo do presidente Evo Morales que solicitou à ONU a presença na Bolívia de um escritório de direitos humanos desse organismo multilateral, com o objetivo de avançar na consolidação do processo do viver bem e o bem-estar da população.

Por sua vez, a presidenta da Câmara de deputados da Bolívia, Gabriela Montaño, destacou o trabalho do advogado canadense desde sua chegada no país em 2008, e desde então acompanhou o processo de mudança sempre, desde o respeito à institucionalidade até as decisões nacionais.

"Que esse Mérito Marcelo Quiroga Santa Cruz seja símbolo do agradecimento eterno de todos os bolivianos", declarou. 


Denis Racicot

A Oacnudh anunciou em maio que concluirá sua missão na Bolívia em 2017, depois de uma década de presença na nação, após a assinatura de um acordo em 2007 para o assessoramento em políticas públicas.

Criado em 1993, este organismo especializado no sistema das Nações Unidas tem sede central em Genebra e conta também com um escritório em Nova York.

Dentro de seus objetivos estão fortalecer os mecanismos internacionais de direitos humanos, fomentar a igualdade, lutar contra a discriminação, combater a impunidade e criar dispositivos de alertas preventivos em situações de conflito.