Grande paralisação na Argentina contra a reforma da Previdência 

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central operária da Argentina, convocou nesta segunda-feira (18) uma greve nacional de 24 horas a partir das 12h em rejeição à reforma da Previdência que o governo Macri novamente tentará aprovar em discussão hoje na Câmara dos Deputados.

protestos na argentina

Durante o comunicado da paralisação, Juan Carlos Schmid, secretário-geral da central, assegurou que o transporte funcionará até meia-noite para que os trabalhadores e os manifestantes voltem para as suas casas depois do expediente, segundo informações da agência argentina Télam.

Ainda segundo a agência, para Schmid a reforma da Previdência apresenta um “rebaixamento dos salários dos aposentados e daqueles que compõem os setores mais vulneráveis da sociedade”, denunciando o fato da central não ter sido convocada para discutir as normas junto ao governo. Como conta a TeleSUR, a reforma impulsionada por Macri tem sido duramente criticada pela população devido à mudança na forma de calcular as aposentadorias e pensões.

Schmid ainda identificou o bônus que os aposentados receberiam como trapaça, já que que o reajuste é significativamente maior que o alcance do bônus. O secretário-geral relembrou ainda, segundo a Télam, que haverá uma série de processos judiciais contra a reforma, uma vez que sua base é ilegítima.

Com o aviso da CGT, que conta com o alinhamento de diversas organizações aeronáuticas, voos também serão paralisados no país.

Enquanto isso, para fortalecer a greve, movimentos sociais organizam bloqueios em todos os principais acessos de Buenos Aires. Dentre os vários grupos que se juntaram à grande manifestação que marchará até o Congresso argentino junto ao povo, estão a Confederação dos Trabalhadores da Economia Popular (Ctep) e a Corrente Classista e Combativa (CCC).

Na última quinta-feira (14) os protestos, que contaram com ampla participação popular, foram vitoriosos e impediram a discussão e aprovação da reforma da Previdência no Congresso argentino. Com a greve confirmada por centrais sindicais e outra grande manifestação, a expectativa é de que a reforma seja novamente barrada ou que, graças a pressão dos cidadãos sobre os deputados, não seja aprovada e não entre em vigor.