Camargo Corrêa detalha cartel em obras do metrô de oito estados

A empreiteira Camargo Corrêa detalhou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por meio de um acordo de leniência assinado no âmbito da Lava Jato, um esquema de cartelização em obras do metrô que teria operado durante 16 anos em oito estados brasileiros. 

Trensalão tucano

O Cade deverá assinar ainda nesta segunda-feira (18) um despacho autorizando a abertura de processo administrativo para apurar os fatos denunciados pela empreiteira.

Segundo a Camargo Corrêa, o cartel teria operado entre os anos de 1998 e 2014 em obras do metrô dos Estados do Ceará, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Ainda segundo a empresa, o esquema batizado de "Tatu Tênis Clube" envolvia ainda as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão.

Somente entre os anos de 2009 e 2013, os altos executivos das construtoras teriam se reunido 27 vezes para discutir informações relativas às licitações e contratos em andamento visando assegurar a divisão dos mesmos entre os participantes do cartel.