Carlos Felipe aponta problemas em cursos à distância na área da saúde

O deputado estadual Carlos Felipe (PCdoB) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa da última quinta-feira (14), a audiência pública, realizada na Casa, na semana anterior, que debateu a oferta do Ensino à Distância (EAD) na área da saúde.

Carlos Felipe

Segundo o parlamentar, a modalidade educacional não tem controle adequado e é prejudicial. “Muitos cursos não estão regulamentados pelo Ministério da Educação e a oferta do Ensino à Distância causa um descontrole e uma expansão de profissionais sem referência”, assinalou.

Carlos Felipe ressaltou que os cursos de EAD são ofertados com preços baratos e, sem o devido controle, profissionais serão formados de maneira irresponsável. “A área da saúde precisa da prática sendo controlada de perto. Sem esse controle, a população é a maior prejudicada, já que esses profissionais cuidam do povo”, apontou.

O deputado enfatizou a necessidade de debater mais o assunto e buscar soluções para os problemas apresentados. “Muitos polos de Educação à Distância não cumprem as vistorias e nem têm competência para isso”, lembrou.

O parlamentar acrescentou que, nesta sexta-feira (15), a partir das 15h, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa vai debater, no Crato, a reestruturação do Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec). “Convido os deputados para discutir com todos os servidores esse projeto de reestruturação”, afirmou.

Em aparte, o deputado Dr. Santana (PT) ressaltou que, em muitas cidades do Interior, faltam médicos. “A forma mais rápida de resolver esse problema é estimular os cursos na área da saúde, porém com fiscalização e qualidade. Não podemos formar profissionais de baixo nível para tratar a população”, pontuou.

Já o deputado Fernando Hugo (PP) explicou que, no Estado, existem poucos hospitais-escolas, o que prejudica a formação de novos profissionais. “Temos, hoje, 11 cursos de Medicina, e estão prometidos mais cinco cursos. Onde esses profissionais vão aprender? A formação médica precisa de acompanhamento nos ambulatórios para que o aluno se afirme e aprenda”, argumentou.