Manuela: Recuo do governo sobre Previdência "é vitória da mobilização"

A deputada gaúcha Manuela D’Ávila (RS), pré-candidata pelo PCdoB à Presidência da República, considerou como uma vitória a decisão anunciado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), nesta quarta-feira (13), de que a votação da reforma da Previdência ocorrerá somente em fevereiro de 2018.

Manuela fala - Reprodução

“É uma vitória da mobilização popular. É a vitória do “se votar não volta”. A proposta de reforma era o extermínio da Previdência Pública”, afirmou Manuela em um bate-papo com internautas nas redes sociais, se referindo ao fato de que se o governo insistisse na votação, não teria votos e a reforma estaria enterrada.

Segundo ela, a mobilização fez com que os parlamentares recusassem a votar a proposta temendo uma rejeição nas urnas em 2018. Apesar do avanço, Manuela enfatizou que é uma vitória parcial.

“É preciso garantir a continuidade da nossa luta de resistência em fevereiro. Eles podem querer votar isso perto do Carnaval, quando o povo está menos tensionado com as causas políticas”, advertiu.

Um dos internautas questionou sobre o que pensa sobre referendos revogatórios. Ela defende que reformas como a trabalhista devem passar pelo crivo da população. Manuela disse que está preparando com a sua equipe um projeto que trata ponto a ponto sobre essa questão e as possibilidades constitucionais previstas na legislação brasileira.

No bate-papo, a pré-candidata foi indagada a falar sobre a situação das universidades no Brasil e a crise que enfrenta a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a UERJ. Para Manuela, atualmente o governo federal tem reduzido os investimentos nas universidades, provocando o desmonte das instituições.

Sobre a perseguição a professores, Manuela afirmou que o projeto “escola sem partido” é, na verdade, “escola com mordaça”. “É a perspectiva de proibirem nossos professores de dar aula livremente. É uma tática absolutamente fascista de buscar o controle da crítica e tentar enquadrar os professores numa opinião única. São totalitários e qualquer coisa que seja diferente da opinião única – que é a deles -, eles consideram doutrinário”.