Mulheres trabalhadoras: Reformas aumentam desigualdade de gênero

Em reunião nesta terça-feira (12), as representantes do Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) analisaram a conjuntura e iniciaram o planejamento das campanhas por equidade de gênero no país e no movimento sindical.

Fórum de Mulheres trabalhadoras centrais sindicais - reprodução

Todas as representantes das centrais sindicais que compõem o FNMT (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT) refirmaram a necessidade de “as mulheres trabalhadoras se unirem cada vez mais para enfrentar os ataques às organizações da classe trabalhadora”, diz Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.

A professora mineira declara que as mulheres das centrais entendem a necessidade de barrar os retrocessos. “A terceirização ilimitada, a reforma trabalhista e o projeto de reforma da previdência aprofundam as desigualdades sociais e de gênero”.

As sindicalistas ressaltaram a importância a campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres (25 de novembro a 10 de dezembro, todos os anos) servir para ao que se propõe de fato.

“Tivemos atos em vários estados neste ano e distribuímos panfletos denunciando a reforma trabalhista, a retirada de direitos e a necessidade de debatermos as questões de gênero para vencer o preconceito e a discriminação”, diz Arêas.

Ela explica também que foi escolhido o dia 6 de dezembro para as manifestações porque é o Dia do Laço Branco – Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres porque é “muito importante conversarmos com os homens para que entendam a necessidade de os direitos serem iguais e as mulheres respeitadas”.

Já para o Dia Internacional da Mulher – 8 de março –, diz a cetebista, o FNMT planeja atos onde as mulheres trabalhadoras levem para as ruas as suas reivindicações, necessidades e a luta por direitos iguais. Para isso, “precisamos de mais mulheres no poder”.

Mas as mulheres querem estar ainda mais presentes na vida das trabalhadoras. “Estamos planejando distribuir panfletos nos locais de trabalho para conversarmos com elas sobre tudo o que as aflige e colhermos sugestões de enfrentamento dos problemas”, explica Arêas.

Ela conta ainda que as dirigentes das centrais sindicais pretendem introduzir manifestações artísticas nas atuações para enfocar os problemas de assédio moral e sexual e das discriminações com encenações teatrais, músicas ou outras formas de expressão.