Nas redes, Manuela rebate direita: "Desigualdade social não é natural"

Sempre ativa nas redes sociais, a deputada Manuela D’Ávila (PcdoB-RS), pré-candidata à Presidente da República, rebateu o falso discurso de combate à desigualdade de setores da direita que se autointitulam como “o novo”.

Manuela nas redes - Reprodução

Em sua página no Twitter, João Dionisio Filgueira Barreto Amoêdo, conhecido como João Amoêdo, banqueiro e um fundadores do Partido Novo, disse que um de seus objetivos “combater a pobreza e não necessariamente a desigualdade”.

Segundo ele, a desigualdade social é natural e a riqueza produzida não dever ser distribuída. “Somos, felizmente, diferentes por natureza. O combate à pobreza de faz com o crescimento e com a criação de riqueza, e não com a sua distribuição”, disse.

Para Manuela, “essa turma do antigo com roupa nova” quer transformar a desigualdade social em algo natural.

“Para eles a escravidão, as capitanias hereditárias, as benesses da amizade secular com o Estado que dizem combater são “naturais”. Desigualdade social não é natural!”, rechaçou.

Reforma trabalhista

Ainda sobre a conjuntura, a deputada publicou um vídeo em que aponta o retrocesso da reforma trabalhista aplicada na Espanha, cujo modelo Michel Temer disse seguir.

“Na Espanha, 13% dos trabalhadores formais são pobres. Aqueles que têm trabalho intermitente, a modalidade que Temer se inspirou, 24% são pobres. Não estamos falando de pobreza digna. Estamos falando de pobreza que não fecha a conta de moradia e alimentação”, argumentou.

Manuela apontou dados que mostram que, após a reforma trabalhista na Espanha, um a cada quatro trabalhadores espanhóis vivem em situação indigna após a reforma trabalhista. “Destes 24%, 400 mil são homens. Quantas são mulheres? Um milhão e 100 mil. Por isso, o debate sobre a reforma interessa de forma particular a mulher”, argumentou.