Protesto antifascista reúne 10 mil nas ruas da Itália

Mais de 10 mil italianos tomaram às ruas de Como neste sábado (9) em uma manifestação antifascista, que reuniu diversos partidos de centro-esquerda do país.

Protesto contra fascismo na Italia - Ansa

O ato foi organizado para denunciar "mais uma vez a perigosa destruição neofascista que há anos atravessou nosso país e nossa região", segundo comunicado divulgado pelos organizadores.

Nesta semana, militantes do movimento neofascista Força Nova (FN) declararam uma "guerra política" contra os partidos que apoiam um projeto de lei, em tramitação no Parlamento, que concede o direito à cidadania a filhos de imigrantes nascidos na Itália, desde que a família respeite critérios de tempo de moradia no país e conhecimento do idioma italiano.

"Contra os atos fascistas e aqueles que apoiam a intolerância, a melhor resposta é a participação, a solidariedade, o compromisso com os valores da Constituição, idealmente junto com todas as pessoas que escolheram estar em Como hoje", escreveu o presidente do Senado, Pietro Grasso, no Twitter.

Boldrini ressaltou que "a Constituição é para todos, ninguém é excluído. Por isso, estar aqui é um dever para mim como terceiro escritório do Estado, mas também é um dever de todas as forças democráticas, sociedade civil e cidadãos". Enquanto que Renzi apenas definiu o ato como "um dia lindo".

Por sua vez, o líder do ultracionalista Liga Norte, Matteo Salvini, também comentou sobre a iniciativa. "Na praça hoje com o PD em Como há aqueles que apoiam a imigração fora de controle".

Neste domingo (10), em Roma haverá ato daqueles que defendem restrições na imigração. O Liga Norte é um partido que já foi acusado, diversas vezes, de xenofobia por conta de sua postura anti-imigração. Atualmente, a sigla de Salvini tem conversas avançadas para criar uma coalizão de direita para as eleições de 2018 com o partido Força Itália, de Silvio Berlusconi, e o Fratelli D'Itália.