Dirigente estadual do PCdoB/ES e agredido por fascista

 Na passagem da caravana de Lula por Campos dos Goitacazes, no dia 6 de dezembro, durante a visita que o ex-presidente fazia ao IFES daquele município fluminense, militantes pró-Bolsonaro, identificados com o símbolo do Integralismo, manifestavam-se contra a caravana lulista de forma acintosa e agressiva, que acabou em ato de violência.

 Claudio Machado*

Marlúzio Ferreira Dantas, dirigente estadual do PCdoB do Espírito Santo, que trabalha embarcado em uma das plataformas da bacia de Campos, estando de folga resolveu acompanhar a caravana, pelo seu significado em defesa da democracia e contra o arbítrio praticado pela operação lava jato.

Conforme relatado pelo dirigente comunista, atento à movimentação dos manifestantes integralistas e percebendo que queriam forçar a entrada no IFES, avisou os seguranças à porta do Instituto para evitarem, percebendo que isso poderiam causar maiores problemas.

Ao mesmo tempo dirigiu-se a um grupo de policiais militares que estavam nas proximidades e os alertou sobre o risco de que a situação poderia sair do controle.

Ao retornar para a frente da entrada do Instituto, foi agarrado por traz por um dos manifestantes pró-Bolsonaro – depois identificado como Matheus Rocha -, que lhe aplicou um golpe de estrangulamento e o jogou no chão, provavelmente para dar continuidade à agressão física, que felizmente foi interrompida por policiais que rapidamente retiraram o agressor de cima da vítima.

Em consequência da queda, Marlúzio fraturou duas costelas e teve outras escoriações. Foi levado ao hospital, medicado e já encontra-se em casa.

Após o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma, a violência por motivação política e ideológica vem num crescente preocupante, com tendência a se agudizar com a proximidade das eleições de 2018 – se houver.

A irresponsabilidade dos líderes e partidos derrotados nas eleições de 2014, ao se aliarem aos setores mais sombrios da sociedade brasileira, com o intuito de derrubarem a presidenta Dilma, está a mostrar sua consequência mais nefasta, pois uma vez solto, o monstro do fascismo não se deixa enjaular facilmente.

Que nos preparemos – nós de esquerda, democratas e progressistas – pois ainda veremos muito mais absurdos nessa escalada de violência a rondar nossas atividades políticas, eleitorais ou não. 

Si vis pacem, para bellum.