Comunistas condenam pedido de prisão de Cristina Kirchner

Em nota, a bancada do PCdoB na Câmara e no Senado repudia a decisão do juiz federal que pediu a prisão preventiva da ex-presidente da Argentina e hoje senadora Cristina Kirchner sob acusação de acobertar criminosos iranianos envolvidos no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). Como Kirchner tem foro privilegiado, o caso precisa ser analisado pelo Senado daquele país.

Kirchner - Gabriel Cano/Senado da Argentina/AFP

Cristina Kirchner nega as acusações e diz que o governo de Mauricio Macri usa o Poder Judiciário para perseguir opositores.

Na nota, os comunistas classificam de “esdrúxula” a posta do magistrado Claudio Bonadio. “Em pleno 2017, após 23 anos do ocorrido, Cristina está sendo acusada por supostamente acobertar criminosos iranianos envolvidos no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). Acreditamos que setores do Judiciário argentino usam o cargo para fazer perseguição política. Essa ação faz parte da contraofensiva conservadora na América Latina com o objetivo de perseguir lideranças progressistas da região e retornar com políticas neoliberais”, descreve o texto.

Confira a íntegra da nota

A Bancada do PCdoB no Congresso Nacional do Brasil vem manifestar repúdio à decisão do juiz federal Claudio Bonadio, que pediu a prisão preventiva da ex-presidente da Argentina e atual senadora, Cristina Kirchner. Como ela tem foro por prerrogativa de função, o caso ainda será analisado pelo Senado daquele país.

A postura do magistrado é esdrúxula. Em pleno 2017, após 23 anos do ocorrido, Cristina está sendo acusada por supostamente acobertar criminosos iranianos envolvidos no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia).

Acreditamos que setores do Judiciário argentino usam o cargo para fazer perseguição política. Essa ação faz parte da contraofensiva conservadora na América Latina com o objetivo de perseguir lideranças progressistas da região e retornar com políticas neoliberais.

Reafirmamos nossa solidariedade e apoio à ex-presidente. Seguiremos firmes na luta para impedir a criminalização de forças políticas que deram valorosa contribuição ao melhorar a vida do povo em seus países.

Brasília, 7 de dezembro de 2017.

Alice Portugal
Líder do PCdoB na Câmara

Vanessa Grazziotin
Líder do PCdoB no Senado